Semana decisiva para o reajuste nas passagens de ônibus do Grande Recife

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José Matheus Santos

Publicado em 01/02/2021 às 8:48
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No dia 21 de janeiro, o Blog revelou a proposta do Governo de Pernambuco de aumentar as passagens de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Na próxima sexta-feira, 5 de fevereiro, o Conselho Superior de Transportes Metropolitano (CSTM) vai votar os novos valores da tarifa para 2021.

A proposta dos empresários era de que o valor do anel A, o mais utilizado, passasse de R$ 3,45 para R$ 4,00. O setor alegou, entre outros pontos, queda na arrecadação diante da pandemia.

Em 2020, não houve aumento das passagens, coincidentemente, em ano de eleição para a Prefeitura do Recife, considerada essencial para o PSB, partido do prefeito João Campos, que se elegeu ano passado, e do governador Paulo Câmara.

O Governo do Estado não aceitou a proposta do setor empresarial, mas decidiu dar um aumento menor na passagem do anel A, passando de R$ 3,45 para R$ 3,75, e do anel B, indo de R$ 4,70 para 5,10, exceto em dois horários: 9h às 11h e 13h30 às 15h30.

Nesses dois horários específicos, batizados de “horários sociais”, o valor seria 10 centavos menor que as atuais tarifas. O Anel A custaria R$ 3,35, e o anel B ficaria em R$ 4,60.

“Esse desconto do horário social se aplica exclusivamente nos dias úteis e através do uso do VEM COMUM. Seu objetivo é estimular o melhor escalonamento do uso do sistema, reduzindo a pressão no horário de pico, mantendo maior modicidade tarifária para seu usuário”, alegou o Consórcio Grande Recife na ocasião.

Nos demais horários, o anel A passaria a custar R$ 3,75 e o anel B R$ 5,10, ou seja, percentuais de acréscimo de 8,7% e 8,5%, menores do que a inflação acumulada de 2019 e 2020, que foi de 9%.

Dias após o anúncio, o Sindicato dos Rodoviários criticou a proposta de aumento das passagens no Grande Recife e disse que “Paulo Câmara e empresários não combatem a superlotação nos ônibus”.

"Os donos das empresas de ônibus estão pedindo 16% de aumento nas passagens dos ônibus. Já o governador Paulo Câmara está querendo dar 8% de aumento. Nós acreditamos que estes ou qualquer outro valor que as seis famílias que há décadas exploram o serviço de transporte público de passageiros da RMR venham solicitar será injusto", alegaram os rodoviários em nota.

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