Alepe reinicia trabalhos nesta segunda-feira, com bancada do PT fora da base aliada de Paulo Câmara

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José Matheus Santos

Publicado em 01/02/2021 às 10:54
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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) retoma os trabalhos nesta segunda-feira (1º) a partir das 14h em sessão remota. Na ocasião, os integrantes da Mesa Diretora, eleitos em dezembro de 2020, serão empossados aos cargos para a gestão 2021-2023. Essa é a 19ª legislatura estadual.

Para este ano, a Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado Eriberto Medeiros (PP), informou que terá como prioridade a análise de projetos voltados para o combate à pandemia do coronavírus.

“Vamos trabalhar, priorizando a segurança de todos, seguindo com as reuniões virtuais, mas utilizando as ferramentas que temos à nossa disposição para gerar ações de impacto social. A Assembleia Legislativa está engajada em proteger as pessoas e contribuir para a retomada da economia”, afirma Eriberto Medeiros.

Na reunião remota desta segunda (1º) a sessão de instalação do novo período legislativo acontece às 14 horas com a leitura das mensagens do presidente da Alepe, de um representante do Poder Executivo, e dos líderes do governo e oposição.

Na terça (2) e quarta (3), acontecem as reuniões das comissões permanentes da Casa e na quinta-feira (4) a primeira reunião plenária da 19ª legislatura estadual.

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Bancada do PT

A partir deste ano, a bancada do PT na Alepe será independente e deixa a base aliada do governo Paulo Câmara após dois anos.

Há possibilidade de formação de um bloco de oposição à esquerda com as Juntas (PSOL).

Os petistas são três na Alepe: Doriel Barros, Dulcicleide Amorim e Teresa Leitão.

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No sábado, o então secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, do PT e por indicação da ala próxima ao senador Humberto Costa, pediu exoneração do cargo.

Os petistas decidiram pelo rompimento no plano estadual após a campanha acirrada em ataques entre os dois partidos na disputa do segundo turno pela prefeitura do Recife entre João Campos e Marília Arraes.

Em Pernambuco, o PT foi aliado ao governador Paulo Câmara (PSB) até 14 de janeiro, apesar de divergências internas na sigla após o segundo turno da eleição para a prefeitura do Recife.

Na capital pernambucana, a legenda petista acabou derrotada com Marília Arraes pela candidatura de João Campos (PSB).

Na capital, o PT elegeu três vereadores: Liana Cirne, Jairo Britto e Osmar Ricardo. O trio fará oposição ao governo de João Campos.

O PT ocupou cargos na gestão do ex-prefeito Geraldo Julio no Recife. Até outubro, o partido comandou a Secretaria de Saneamento do Recife com Oscar Barreto (PT), também da ala petista que defendia aliança com o PSB nas eleições municipais.

No âmbito estadual, o PT comandou a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco com Dilson Peixoto e teve cargos nos segundos e terceiro escalão da gestão estadual. O partido participou da coligação de 2018 em que Paulo Câmara (PSB) foi reeleito governador e Humberto Costa foi um dos senadores eleitos, junto com Jarbas Vasconcelos (MDB).

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João Campos endossou antipetismo no Recife

Na eleição do Recife, após fazer, no primeiro turno, uma campanha com tom propositivo e explorando a imagem da juventude do candidato João Campos, no segundo turno, o tom mudou no discurso do PSB. Largando atrás segundo as pesquisas de intenções de voto, o partido adotou como estratégia o antipetismo na capital, sobretudo no eleitorado conservador e da classe média.

Também houve difusão de panfletos apócrifos em frente a igrejas e templos religiosos com mensagens apontando a candidata Marília Arraes como contrária ao cristianismo e contra a Bíblia. A autoria não foi identificada pela Justiça Eleitoral, mas um juiz eleitoral determinou que a campanha de João Campos se abstivesse de divulgar os materiais e se prontificasse a evitar a sua disseminação pela cidade.

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