Alepe reinicia trabalhos nesta segunda-feira, com bancada do PT fora da base aliada de Paulo Câmara
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) retoma os trabalhos nesta segunda-feira (1º) a partir das 14h em sessão remota. Na ocasião, os integrantes da Mesa Diretora, eleitos em dezembro de 2020, serão empossados aos cargos para a gestão 2021-2023. Essa é a 19ª legislatura estadual.
Para este ano, a Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado Eriberto Medeiros (PP), informou que terá como prioridade a análise de projetos voltados para o combate à pandemia do coronavírus.
“Vamos trabalhar, priorizando a segurança de todos, seguindo com as reuniões virtuais, mas utilizando as ferramentas que temos à nossa disposição para gerar ações de impacto social. A Assembleia Legislativa está engajada em proteger as pessoas e contribuir para a retomada da economia”, afirma Eriberto Medeiros.
Na reunião remota desta segunda (1º) a sessão de instalação do novo período legislativo acontece às 14 horas com a leitura das mensagens do presidente da Alepe, de um representante do Poder Executivo, e dos líderes do governo e oposição.
Na terça (2) e quarta (3), acontecem as reuniões das comissões permanentes da Casa e na quinta-feira (4) a primeira reunião plenária da 19ª legislatura estadual.
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Bancada do PT
A partir deste ano, a bancada do PT na Alepe será independente e deixa a base aliada do governo Paulo Câmara após dois anos.
Há possibilidade de formação de um bloco de oposição à esquerda com as Juntas (PSOL).
Os petistas são três na Alepe: Doriel Barros, Dulcicleide Amorim e Teresa Leitão.
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No sábado, o então secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, do PT e por indicação da ala próxima ao senador Humberto Costa, pediu exoneração do cargo.
Os petistas decidiram pelo rompimento no plano estadual após a campanha acirrada em ataques entre os dois partidos na disputa do segundo turno pela prefeitura do Recife entre João Campos e Marília Arraes.
Em Pernambuco, o PT foi aliado ao governador Paulo Câmara (PSB) até 14 de janeiro, apesar de divergências internas na sigla após o segundo turno da eleição para a prefeitura do Recife.
Na capital pernambucana, a legenda petista acabou derrotada com Marília Arraes pela candidatura de João Campos (PSB).
Na capital, o PT elegeu três vereadores: Liana Cirne, Jairo Britto e Osmar Ricardo. O trio fará oposição ao governo de João Campos.
O PT ocupou cargos na gestão do ex-prefeito Geraldo Julio no Recife. Até outubro, o partido comandou a Secretaria de Saneamento do Recife com Oscar Barreto (PT), também da ala petista que defendia aliança com o PSB nas eleições municipais.
No âmbito estadual, o PT comandou a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco com Dilson Peixoto e teve cargos nos segundos e terceiro escalão da gestão estadual. O partido participou da coligação de 2018 em que Paulo Câmara (PSB) foi reeleito governador e Humberto Costa foi um dos senadores eleitos, junto com Jarbas Vasconcelos (MDB).
João Campos endossou antipetismo no Recife
Na eleição do Recife, após fazer, no primeiro turno, uma campanha com tom propositivo e explorando a imagem da juventude do candidato João Campos, no segundo turno, o tom mudou no discurso do PSB. Largando atrás segundo as pesquisas de intenções de voto, o partido adotou como estratégia o antipetismo na capital, sobretudo no eleitorado conservador e da classe média.
Também houve difusão de panfletos apócrifos em frente a igrejas e templos religiosos com mensagens apontando a candidata Marília Arraes como contrária ao cristianismo e contra a Bíblia. A autoria não foi identificada pela Justiça Eleitoral, mas um juiz eleitoral determinou que a campanha de João Campos se abstivesse de divulgar os materiais e se prontificasse a evitar a sua disseminação pela cidade.