João Campos vai concluir obra da Ponte Monteiro-Iputinga, abandonada desde 2014 segundo TCE

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jamildo

Publicado em 21/01/2021 às 13:30
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A Secretaria Municipal de Infraestrutura do Recife concluiu a licitação para escolha da empresa que irá concluir as obras paradas da Ponte Monteiro-Iputinga (Ponte Jaime Gusmão), no Recife.

Segundo o processo licitatório, serão gastos R$ 27 milhões na conclusão das obras.

OBRA PARADA

A obra foi julgada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), em novembro de 2018, após parecer do Ministério Público de Contas (MPCO) pela rejeição da obra.

Segundo a relatora do processo, Teresa Duere, a obra, iniciada em 2012 ainda na gestão de João da Costa (PT), foi “abandonada” pela gestão de Geraldo Júlio (PSB) em 2014.

A gestão do municipal, segundo o relatório técnico do TCE, assinou um Primeiro Termo Aditivo Contratual em novembro de 2013. Foram aplicados mais de 10 milhões de reais de recursos públicos na obra, com orçamento total de 42 milhões.

A construção parou em 2014, com menos de um terço estava concluída, do lado da Iputinga, segundo os auditores do TCE.

A obra contava com recursos iniciais do Banco Mundial.

De acordo com o TCE, o organismo internacional se retirou do projeto, após a Prefeitura do Recife não dar solução para a continuidade da obra paralisada. Segundo o relatório técnico do TCE, foi descumprido pela Prefeitura o acordo internacional sobre a obra.

Segundo o julgamento do TCE, “sucessivos e injustificáveis atrasos nas obras geram um desequilíbrio financeiro no contrato” e “ausência de uma ação efetiva da administração da URB Recife, quanto às medidas administrativas para a identificação da inadimplência do contratado, no sentido da não retomada da execução dos serviços, mesmo após a liberação de áreas para frentes de serviços, contribuindo para a paralisação integral das obras”.

RISCO PARA CRIANÇAS

Reportagem do JC, em 2015, flagrou mais de uma vez crianças da região escalando o topo da estrutura montada, com risco de vida. Na época, a reportagem mostrou que nem mesmo um vigia de obra existia no local, permitindo às crianças brincarem perigosamente no topo das estruturas.

“Sem dinheiro, sem projeto, sem prazo. A construção da ponte que liga os bairros da Iputinga e de Monteiro, no Recife, virou uma indefinição total. E uma ameaça a céu aberto. A reportagem flagrou crianças usando as ferragens expostas para escalar o elevado. A obra está completamente abandonada. Até os tapumes que impediam o acesso à construção inacabada foram levados pela população”, publicou o JC, em agosto de 2015, sobre esta mesma obra.

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