Geraldo Julio encerrou gestão municipal com 4.063 comissionados

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jamildo

Publicado em 18/01/2021 às 14:30
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O suposto excessivo número de cargos em comissão na gestão da Prefeitura foi mote de campanha de todos os candidatos da oposição em 2020.

Mendonça Filho (DEM), Priscila Krause (DEM), Marília Arraes (PT) e Delegada Patrícia (Podemos) atacavam um suposto excesso de comissionados na prefeitura e prometiam redução. Os números, contudo, eram desencontrados, pois não se sabia exatamente quantos comissionados haviam na prefeitura.

Pois bem.

Um relatório da comissão de transição de gestão, entregue a equipe do prefeito eleito João Campos (PSB) em dezembro de 2020 e obtido pelo Blog com exclusividade, revela o número total de comissionados no fim da gestão do ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB).

Em novembro de 2020, a Prefeitura do Recife tinha 4.063 cargos em comissão, que não precisam de concurso público, segundo o relatório oficial da comissão de transição da gestão anterior.

Este total não abrange os contratos temporários, que também não exigem concurso público, mas apenas "seleção simplificada" que pode ser apenas a análise de currículo.

A gestão do novo prefeito, João Campos, já começou reduzindo 225 cargos comissionados, segundo divulgado em sua reforma administrativa.

“O número de cargos comissionados ao término da gestão Geraldo Julio confirma a forma como o PSB trata a máquina pública: quanto mais inchada melhor. É um elemento que compõe a estratégia eleitoral do partido, que enxerga apenas a perpetuação no poder. Quanto mais desaprovado a gestão, mais comissionados, justamente para que a máquina compense a insatisfação da população. Além disso, há um número muito maior de terceirizados, parte deles apenas para instrumentalizar a máquina. Pelo que se vê do início da gestão João Campos, a lógica vai continuar a mesma”, disse Priscila Krause, que se destaca no acompanhamento das contas estaduais e municipais, a partir da Alepe.

A delegada Patrícia Domingos também comentou. "É perfil das gestões do PSB transformar a prefeitura do Recife em um cabide de empregos, um verdadeiro balcão de negócios, onde os cargos viram moeda de troca para perpetuar esse grupo político no poder. Infelizmente quem paga essa conta é população. E a história tende a se repetir, já que a reforma administrativa proposta pelo prefeito João Campos pretende economizar R$ 78,00, o equivalente a um pacote de fraldas. Parece piada ponta, mas é a triste realidade".

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