Em crítica indireta a Bolsonaro, PSL repudia invasão ao Congresso americano

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jamildo

Publicado em 07/01/2021 às 14:00
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A Diretório Nacional do PSL divulgou uma nota oficial repudiando a invasão ao Congresso americano ocorrida na última quarta-feira (06/01).

A nota do PSL foi divulgado no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que haverá um motim no Brasil se as eleições de 2022 forem eletrônicas.

“Se tivermos votos eletrônicos em 2022 vamos ter um problema pior que nos Estados Unidos”, disse o presidente, ao comentar a invasão do Congresso norte-americano por radicais de extrema-direita, que deixou 4 mortos, 13 feridos e 15 presos.


O PSL repudia veementemente a invasão do Congresso americano por militantes favoráveis ao presidente Donald Trump, ocorrida na tarde da última quarta-feira (06/01).

Em uma democracia, não existe nada mais sagrado e soberano do que a vontade popular, expressa por intermédio do voto.

O que aconteceu nos Estados Unidos não condiz com a tradição do país de respeitar as regras do jogo, algo tão consolidado ao longo de toda a trajetória da nação americana.

Ao se solidarizar com o povo americano, o PSL reforça, perante o povo brasileiro, seu compromisso com a democracia, o respeito ao voto popular e à Constituição Federal.

E a certeza de que um país se engrandece diante seus cidadãos não apenas por oferecer condições econômicas para desenvolver-se. Mas, sobretudo, ao assegurar o cumprimento estrito da lei e das regras que norteiam sua carta magna.

O PSL tem compromisso com a liberdade, mas também com o Estado de Direito. Por isso, uniu-se a um bloco de partidos que luta por uma Câmara independente, livre e democrática.

Não abriremos mão jamais de defender estes postulados. E lutaremos sempre para que eles sejam respeitados.

Democracia sob ataque

Incentivados pelo presidente Donald Trump, radicais de extrema-direita invadiram o Congresso norte-americano durante a sessão de certificação da vitória de Joe Biden.

A invasão, classificada como uma tentativa de golpe por alguns congressistas e especialistas, deixou um saldo de quatro mortos e 13 feridos. Esta foi a primeira vez que a democracia norte-americana sofre uma tentativa de golpe.


Mais cedo, Donald Trump havia discursado para o grupo e até afirmado que caminharia junto com eles em direção ao Capitólio. A atitude foi vista como uma incitação aos atos, embora o ex-presidente tenha pedido, através de um post em uma rede social, que os manifestantes voltassem para casa.

Romero Albuquerque

No Estado, em reação aos ataques promovidos por manifestantes pró-Trump ao Capitólio dos EUA, como é conhecido o Congresso americano, o deputado estadual Romero Albuquerque afirmou que o mundo precisa proteger a democracia e permanecer atento para que o que chamou de tentativa de golpe de Estado não ecoe nas corridas eleitorais de outros países. Albuquerque é presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Alepe.

Romero disse acreditar que a ação da quarta é resultado do que classifica como “uma onda de desconfiança plantada por inimigos da democracia”.

“Isto não representa os Estados Unidos. A maior democracia do mundo sofreu um ataque sem precedentes, o que nos mostra que a luta por democracia, liberdade e respeito deve ser diária”, pontuou.

Trump, ainda inconformado com sua derrota, chegou a afirmar, sem provas, que teria sido vítima de fraude. No entanto, nem mesmo o seu vice, Mike Pence, aderiu à tese. Nas redes sociais, Mike deixou de seguir o aliado e publicou fotos em apoio a Joe Biden.

“Não foi um gesto pequeno, bobo. É um recado. Só há um lado a se defender”, disse Albuquerque.

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