
‘João Campos é a vanguarda do atraso’. Por Jayme Asfora
Por Jayme Asfora, vereador do Recife, em artigo enviado ao blog
O ano novo traz consigo a reenergizante sensação de recomeço. Para mim, de fato, 2021 chega com novos, intensos e animadores ares!
Após oito anos, colegiadamente exitosos na Casa José Mariano, regresso, feliz e desafiado, à Procuradoria Geral do Estado, a partir do novo ano e … me reinvento!!
Saibam todos, de pronto, que NUNCA, nunca mesmo!, sairei da política: em respeito ao pedido uníssono, comovente, efusivo de quase 5.000 bravos e independentes eleitores recifenses – cidadãs e cidadãos que nunca venderiam seus votos!
E me move muito, ainda é sempre, um desejo de contribuir para termos um Recife diametralmente oposto ao -tristemente – legado a nós todos e todas.
A cidade entregue pelo pior e mais mal avaliado Prefeito do NE: Geraldo Julio de Melo Filho.
Portanto, em nome, sobretudo de dias melhores pra minhas filhas, Heleninha e VIC VIC: a luta continua!
Firme e forte!!
No entanto, dessa análise retrospectiva cuidarei melhor depois!
De pronto, aqui, devo explicar por que a antológica expressão do saudoso e grande homem público – querido amigo – Fernando Lyra, faz tanto sentido por estas bandas. E agora, mais que nunca!
Fernando, com sua genialidade, resumiu, à época, o que era o DESgoverno Sarney em seu ocaso: “A VANGUARDA DO ATRASO”!
Sendo assim, os primeiros sinais emitidos pelo prefeito eleito João Campos ficam bem longe da palavra renovação. Não que haja novidade nisto, pois o dinástico PSB é atraso puro- tomando emprestado outro gênio, Elio Gaspari, ao falar do bolsonarismo: contraface ou irmão siamês do “Partido dos Campos”.
Bolsonaro(leia-se PSB) “não é sequer conservador, é atrasado”!
O mais jovem prefeito do Brasil se elegeu utilizando justamente sua juventude como virtude/marca para a “mudança e a revolução digna da sua idade”.
No seu dizer: “só um jovem de 27 anos está à altura dos desafios do RECIFE” …
Prepotência de Coronel.
Ou de Coronelzinho!
Neste sentido, suas primeiras ações, logo após o dia 29 de novembro (data do 2 turno) apenas nos mostraram a mesma prática: a dos mesmíssimos hábitos da mais velha e odiosa política.
No dia 9 de dezembro, a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, destacou a ênfase do novo Prefeito, até então deputado federal, em defender a candidatura do também deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados. Para quem não ligou o nome à pessoa, Arthur Lira é o homem de Bolsonaro na corrida para presidir a Casa. Ele representa o máximo do bolsonarismo, sendo denunciado ou sendo réu em vários processos de corrupção e improbidade.
O argumento principesco para tal apoio foi o do empenho de Lira na sua própria campanha; de João à Prefeitura. PASMEM!!!
Ao Blog da Folha, Campos disse: “A eleição se dá no âmbito do Parlamento. Não existe uma candidatura ou outra que seja do governo federal ou não.” .
Vamos lá!!
Será que a liderança máxima do famigerado Centrão é esse poço de altivez mesmo?
O tempo dirá.
Como se não fosse suficiente, João Campos continuou usando de atitudes oligárquicas para ditar suas novas regras. Logo após Geraldo Julio “passar a boiada” com o Plano Diretor do Recife, foram incluídos para votação o PL 24/2020 que permite o remembramento de vários terrenos nas Zonas Especiais de Interesse Social (em resumo, ACABA com as ZEIS) e o PL 25/2020 que traz a medíocre “Reforma Administrativa” do “velho novo” governo municipal.
Nesta toada, a discussão passa pela agressão ilegal ao Regimento da Câmara que diz claramente, no seu artigo 241, que somente serão despachados pela Presidência da Casa Projetos de Lei protocolados até o dia 18 de novembro de cada ano. Como os projetos foram, respectivamente, apresentados nos dias 16 e 18 de dezembro, estes não poderiam ser votados em 2020 de jeito nenhum.
Sequer em reuniões extraordinárias.
Eu e os colegas Ivan Moraes, Renato Antunes e Aline Mariano, ajuizamos mandado de segurança que foi acatado pela Justiça no dia 23 de dezembro, suspendendo a votação inconstitucional.
Mas – “de repente, não mais que de repente” – já no dia 26 (após estranhas articulações com atores suspeitos!) conseguiu -se, “no escurinho de um cinema chamado Brasília”, derrubar a liminar, tão corajosamente proferida pelo ilustre, e sempre imparcial e independente, Desembargador Josué de Sena.
Em seguida veio o “vanguardista do atraso” João Campos comemorar, no Twitter, o desrespeito ao Regimento Interno da Câmara, brindar a burla à legalidade; celebrar uma votação feita sem nenhum tempo hábil para ser discutida pelos vereadores…
E, sobretudo, pelos recifenses; suas instituições; os movimentos sociais: a sociedade civil organizada!
Da “Reforma Administrativa”, bem, temos exatamente 3 coisas:
1. Em relação à propalada (e tão necessária) redução do número de Secretarias Geraldo Julio deixa o Recife com o paquidérmico número de 35 Secretarias e João Campos, cortando apenas uma, não muda de fato nada, e vai trabalhar, em seu “novo governo” com, simples assim, 34 secretarias.
Conseguiram superar, incrivelmente, uma grande aliado do PSB, o até então pior Prefeito da história do Recife:
“João de triste memória Da Costa” deixou seu também DESgoverno com 29 secretarias;
2. Sobre cargos comissionados (uma chaga brasileira no excesso em que existem!!) em síntese, a novel Prefeitura trocou “cargos de confiança” de remuneração mais baixa por uma acintosa criação de 295 (Duzentos e Noventa e Cinco) novos cargos comissionados!!!???
3. “Resumo da Ópera”:
O Prefeito eleito que disse que essa Reforma foi feita p “desburocratizar, economizar e eficientizar” a máquina confirma a ridícula verdade; que, “tudo”, redundará na “fantástica” redução de despesas da ordem de Setenta e Oito por mês! O total R$ 78,00!!
Uma verdadeira vergonha!!!
PS.
A esculhambação maior é que os quase 300 novos cargos comissionados criados por João Campos têm remuneração entre 9.000 (nove mil) REAIS e 17.000 (dezessete mil) REAIS.
É um tapa na cara de um Recife Campeão Nacional do Desemprego (IBGE) e na capital brasileira que mais perdeu renda na pandemia (ou no seu “pós”; diz a insuspeita FGV).
Pois é.
Mas num é que…
olhando bem, vemos que João Campos e Arthur Lira até que são muito parecidos?!
Que venha 2021: com muita PAZ de ESPÍRITO e muita SAÚDE!
Que chegue o Novo Ano leve, levíssimo, com a Graça de nosso Deus, tão sublime como “um beijo de filha”!!
FELIZ ANO NOVO!
Obrigado, a cada uma e a cada um, por TUDO!!
E por TANTO!!!
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