
Às vésperas da eleição de 2018, Marília Arraes foi indiciada por peculato; caso foi arquivado por falta de provas
A duas semanas das eleições de 2018, a delegada Patrícia Domingos, titular da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), confirmou nesta quinta-feira (20) ao Jornal do Commercio o indiciamento da vereadora do Recife Marília Arraes (PT). A petista foi acusada de peculato, por supostamente empregar quatro funcionários fantasmas, o que nega. O caso foi arquivado em abril de 2019 por “indícios frágeis”.
A investigação está sob sigilo, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Apesar de o anúncio ter sido feito nesta quinta-feira, chegou ao órgão antes. Não há previsão para ser concluído.
Marília disse ter sido surpreendida com a notícia e afirmou estar à disposição da Justiça. “Não temos como deixar de repudiar atitudes que claramente tem o propósito de tumultuar o processo eleitoral democrático em nome de interesses não republicanos”, afirmou.
“Há cerca de três anos, após tomar conhecimento de uma denúncia anônima totalmente absurda, que versava sobre este tema, eu mesma tomei a iniciativa de procurar o Ministério Público de Pernambuco para solicitar que os fatos fossem investigados”, explicou a vereadora. “Estranhamente agora, a duas semanas das eleições, na qual eu sou candidata, a delegada responsável pelas investigações anuncia, em entrevista coletiva, sem que houvesse sequer uma comunicação oficial sobre a conclusão do inquérito, o indiciamento”.
Marília era pré-candidata ao governo de Pernambuco pelo PT. A cinco dias do prazo para as convenções, porém, o partido fechou um acordo com o PSB para retirar a candidatura dela e apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB) no Estado. Com isso, o senador Humberto Costa (PT) entrou na chapa majoritária. Marília decidiu, então, disputar para deputada federal.
Além do indiciamento dela, a delegada Patrícia Domingos anunciou o do candidato a deputado federal Milton Coelho (PSB). O socialista afirmou que nunca foi ouvido por ela. “Por fim, vou denunciar a delegada ao Ministério Público e à corregedoria, ela nunca me ouviu, o inquérito é falso. Ela está atribuindo a condição de faltoso a servidores que trabalhavam”, disse.’ O que ela quer é me destruir politicamente”, acusou.
Coelho justificou: “essa denúncia foi aberta com base em uma denúncia anônima de que a jornalista Roberta Jungmann seria funcionária fantasma de meu gabinete. A jornalista é funcionária de carreira do Estado há 32 anos, e passou a ser lotada na SAD em 2015, onde ficou até 2016, quando tirou licença prêmio”.
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