
Historiador e ex-senador na Itália condena perseguição a Lula
“O grande dirigente sindical do passado é hoje um líder extremamente respeitado em todo o mundo e um dos homens públicos mais conhecidos em todo o planeta”.
“As potências querem restabelecer a Guerra Fria e miram Rússia, Índia e China. Lula é visado porque foi um dos responsáveis pela criação do bloco chamado Brics, capaz de fazer frente ao bloco norte-americano e da Europa ocidental”.
“Lula é uma criação do povo brasileiro. Confio em que reúne condições de resistir ao ataque judiciário e midiático, dos que querem não apenas destruir o ex-presidente, mas agravar a crise para tirar proveito político disso. Mídia agressiva como essa eu nunca vi”.
As falas, nas aspas, são de José Luiz Del Roio. Ele é escritor, historiador, ex-deputado no Parlamento Europeu (Estrasburgo) e também senador na Itália, onde viveu exilado por força da ditadura imposta ao Brasil em 1964.
Del Roio organizou na Itália o “Archivio Storico del Movimento Operaio Brasiliano”, que lhe deu as bases para escrever o livro “1º de Maio – Cem anos de lutas”, publicado em 1986. Experiente, ele aponta abusos no judiciário. E esclarece: “Querem comparar com a ‘Operação Mãos Limpas’, na Itália, mas é diferente. Lá, os ritos foram cumpridos. Aqui, um juiz de primeira instância age e prende no País inteiro. Nunca vi isso!”
Golpe – O historiador não descarta um golpe, mas vê pouca chance de as Forças Armadas serem cooptadas. O massacre, ele aponta, se dá pela pressão do Judiciário, da mídia e da direita. “Não digo que pensam em tortura, mas sim em enfiar pessoas na cadeia por dez ou 20 anos, muitas vezes sem que o acusado conheça o teor da acusação e sequer possa fazer corretamente sua defesa”, critica.
Mobilização – Para José Luiz Del Roio, é preciso resistir de forma organizada. Ele diz: “Temos de nos mobilizar, ir às ruas, conversar com os trabalhadores, conversar com as famílias, esclarecer o que está acontecendo”. E arremata: “Não dá pra ver todos esses abusos contra Lula e ficar sentado em casa esperando”.
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