Lobista preso na Lava Jato nega propina e diz não conhecer Cunha
Da Folhapress
O lobista João Augusto Rezende Henriques, preso na última fase da Operação Lava Jato, negou em depoimento nesta sexta-feira (25) que tenha recebido propina ou atuado a favor do PMDB na Petrobras. O engenheiro é acusado de ser operador do partido na diretoria Internacional da Petrobras. Ele foi preso temporariamente na última segunda (21).
Um dos delatores da Lava Jato, Eduardo Musa, disse que Henriques era ligado ao PMDB e atribuía a si a indicação de Jorge Zelada ao posto de diretor. O lobista teria dito a Musa que a palavra final cabia ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).”Ele afirmou peremptoriamente que não conhecia o deputado Eduardo Cunha”, declarou o advogado de Henriques, José Cláudio Marques Barboza Júnior, na saída da Polícia Federal.
O lobista depôs durante três horas e meia aos delegados. Além de negar envolvimento no esquema, disse que prestou “serviços de engenharia” que justificam o recebimento de R$ 20 milhões de empreiteiras por sua empresa, a Trend Empreendimentos.
OFFSHORES
Durante o depoimento, Henriques foi confrontado com novos documentos, apreendidos durante a operação nesta semana. Os policiais encontraram comprovantes de pagamentos no exterior e contratos de offshores, que teriam sido promovidos pelo engenheiro.
Nesta sexta (25), poucas horas depois da oitiva, o Ministério Público Federal pediu a decretação da prisão preventiva de Henriques, por entender que há evidências de seu envolvimento com lavagem de dinheiro internacional.
O lobista admitiu que os valores das contas no exterior não foram declarados em seu Imposto de Renda, mas negou que tenham origem ilícita. Disse que são oriundos de serviços de engenharia e que fazia alguns pagamentos para amigos, mas não declinou os nomes.
“Não envolve agentes políticos, nem propina”, declarou o advogado dele. O juiz Sergio Moro deve decidir se mantém Henriques preso ainda nesta sexta.
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