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Jabuti e tatu ensinam sobre a amizade em livro que também é de colorir

Julliana de Melo
Julliana de Melo
Publicado em 12/06/2019 às 10:01
livro FOTO:

Fotos: Julliana de Melo/ NE10

O encontro inesperado entre um pequeno jabuti e um tatuzinho, de hábitos de vida distintos - diurno e noturno, respectivamente -, é o ponto de partida de “A Estranha Casa do Jabuti Cascudinho”, uma fábula escrita pelo mineiro Francisco Paiva de Carvalho. Lentamente, talvez seguindo os passos do simpático réptil de carapaça, o leitor vai sendo conquistado pela história aparentemente singela que fala sobre amizade, empatia e valorização da família.

E, para completar a narrativa, ainda vem com várias páginas de desenhos para colorir, ilustrados por Edmilson Cotrim, que é professor da Casa dos Quadrinhos, de Belo Horizonte. O convite à leitura acaba se tornando uma brincadeira que pode, inclusive, ser feita em grupo. Arranca sorrisos da galerinha, como é possível ver abaixo.

A aventura dos animaizinhos começa com o jabuti Cascudinho que, após se distanciar de seus pais e irmãos enquanto andavam pela floresta, acaba se perdendo do grupo. A noite chega junto com o medo e, antes de se apavorar completamente, Cascudinho é salvo por Corisco, um tatuzinho bondoso que morava em uma toca ali perto. Mesmo sem conhecê-lo, Corisco não pensa duas vezes e decide ajudar. Assim começa entre eles uma verdadeira e eterna amizade. E surpreendendo até a si mesmo, o pequeno jabuti resolve atender ao pedido do novo amigo que queria muito conhecer sua casa - mesmo não tendo exatamente uma para apresentar. O que levanta, de forma delicada, valores sociais essenciais (principalmente nos dias de hoje) sobre a importância da família e o que torna o lugar de morada um lar.

O livro, que possui o selo infantojuvenil Bubble do Grupo Editorial Letramento, é vendido no site da editora por R$ 19,90.

Foto: divulgação

Ao Blog Criançada, o escritor Francisco Paiva de Carvalho falou sobre a mensagem da fábula e seu processo de criação:

Blog Criançada - Qual a proposta do livro?

Francisco Paiva de Carvalho - Essa obra, na verdade, nasceu da adaptação de um conto infantil, escrito há muitos anos, e que acabou sendo selecionado para uma antologia nacional, através de um concurso promovido SESC-DF, em 2009. Algumas pessoas que o leram disseram-me que haviam gostado muito e que eu poderia transformá-lo em livro. Imaginei que, assim, eu poderia levar a um número bem maior de pessoas, principalmente de crianças, além do entretenimento, alguns valores que considero de suma importância em nossa vida.

BC - O que você quis passar de mensagem?

Francisco Paiva de Carvalho - Ao escrever essa obra, minha intenção, acima de tudo, era enaltecer a importância dos laços familiares e das relações de amizade. Quis mostrar que uma das melhores coisas desse mundo são a nossa família e os nossos amigos.

BC - Como acontece seu processo criativo?

Francisco Paiva de Carvalho - Para criar meus textos, sempre me Inspiro nas atitudes das pessoas, no comportamento dos animais e também no que ocorre na natureza. Meu primeiro livro “Lua Crescente”, por exemplo, nasceu em uma noite estrelada quando, ao voltar para casa, notei que o formato da lua estava muito parecido com um bumerangue. A partir daí, imaginei que poderia criar um texto que, talvez, ficasse interessante. Lembrei-me das viagens que fazíamos à praia quando meus filhos ainda eram pequenos, das coisas que lá vivenciávamos e, misturando um pouco de realidade e ficção, fui construindo história. É, mais ou menos, assim que acontece comigo.

No caso específico de “A Estranha Casa do Jabuti Cascudinho”, a ideia surgiu por causa de um jabuti que vivia no imenso quintal da casa de minha sogra. Além dele, lá existiam gatos, cachorros e também um coelho. Todos tinha sua “casinha”; só ele que não. Certo dia, achei que poderia resolver esse “problema”. Foi assim que surgiu a inspiração para o livro.