Coronavírus: máscaras não previnem contágio, mas ajudam a reter transmissão

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/02/2020 às 14:51
Nova variante do coronavírus se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, e não havia sido identificada em humanos anteriormente (Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem)
Nova variante do coronavírus se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, e não havia sido identificada em humanos anteriormente (Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem) FOTO: Nova variante do coronavírus se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, e não havia sido identificada em humanos anteriormente (Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem)

Do Estadão Conteúdo

Máscaras de proteção são indicadas apenas para pessoas que já contraíram o coronavírus, como forma de prevenir a transmissão da doença. A recomendação foi feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira, 27.

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Representantes da entidade explicaram que a prevenção contra o coronavírus é similar às medidas contra a gripe, como higienização constante das mãos. No entanto, eles explicaram que, diferentemente da influenza, o coronavírus ainda pode ser contido. "Com medidas de contenção, é possível ver recuo no número de casos", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Pandemia

O diretor-geral da OMS  também alertou para a possibilidade de o avanço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponderou que o surto ainda pode ser contido. "Estamos em um ponto decisivo", definiu durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Segundo dados mais recentes da entidade, 78.630 casos da doença foram registrados na China, com 2.747 mortes. Mas, de acordo com Tedros, o principal foco de preocupação se deslocou para fora do país asiático. "Nos últimos dois dias, o número de novos casos de coronavírus no resto do mundo superou o número de novos casos na China", destacou.

Ainda de acordo com a OMS, além do gigante asiático, 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes. "Minha mensagem para cada um desses países é a seguinte: esta é sua janela de oportunidade. Se agirem agressivamente agora, podem conter o coronavírus e salvar vidas", disse Tedros.