Pernambuco investiga morte de bebê de 8 meses; suspeita é de arboviroses

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 31/01/2020 às 14:34
(Foto ilustrativa: Pixabay)
(Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: (Foto ilustrativa: Pixabay)

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) investiga a morte de um bebê, de apenas 8 meses de vida, que adoeceu com sintomas sugestivos de arboviroses. Ele morava no Cabo de Santo Agostinho, município da Região Metropolitana do Recife. O óbito, que ocorreu no dia 20 deste mês, é o quinto registrado este ano, em Pernambuco, associado a dengue, chicungunha e zika. O número é maior do que o notificado no mesmo período de 2019, quando o Estado registrou dois óbitos. Os dados estão no boletim da SES com dados até 25 de janeiro deste ano.

Todas as vítimas deste ano moravam em municípios do Grande Recife. Outros dois óbitos foram de homens (69 e 70 anos, do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, respectivamente), além de mais duas mortes de mulheres (40 e 52 anos, de São Lourenço da Mata e de Moreno, respectivamente).

“O que chama a atenção é que as notificações de óbito já começam a aumentar no primeiro mês do ano, o que sugere uma continuidade da circulação viral iniciada no ano passado. Outro detalhe é que geralmente, quando há casos graves de dengue, geralmente a pessoa teve anteriormente uma infecção pelo vírus (por outro subtipo)”, diz o clínico-geral Carlos Brito, que integra o Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Os casos de dengue, segundo o balanço da pasta, também aumentaram. Os suspeitos saíram de 386 para 611 e estão distribuídos por 80 dos 184 municípios pernambucanos. Até agora, 53 casos foram confirmados. Os registros de adoecimento por suspeita de chicungunha e zika chegam a 118 e 40, respectivamente. Desse total, seis foram confirmados para chicungunha.

Ainda segundo o balanço das arboviroses, o 1º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti do ano, realizado entre os últimos dias 6 e 10, mostra que 43 municípios estão em situação de risco de surto de arboviroses, 80 municípios em alerta e 51 em situação satisfatória. Mas outras 10 cidades pernambucanas ainda não enviaram informações relativas a criadouros do Aedes aegypti.