Saiba como se proteger da conjuntivite tóxica; casos aumentam no verão

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 14/01/2020 às 13:24
A maioria dos casos de conjuntivite tóxica no verão ocorre acidentalmente pelo contato de protetores solares e bronzeadores nos olhos (Foto: Freepik/Banco de Imagens)
A maioria dos casos de conjuntivite tóxica no verão ocorre acidentalmente pelo contato de protetores solares e bronzeadores nos olhos (Foto: Freepik/Banco de Imagens) FOTO: A maioria dos casos de conjuntivite tóxica no verão ocorre acidentalmente pelo contato de protetores solares e bronzeadores nos olhos (Foto: Freepik/Banco de Imagens)

Durante o verão, o uso frequente de protetor solar e bronzeador aumenta a incidência de conjuntivite tóxica. Outro agravante da doença tem sido o uso de repelentes contra insetos. Em contato com os olhos, esses produtos químicos causam inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a pálpebra e a superfície do olho. O problema pode acometer apenas um olho ou os dois, e o tratamento normalmente consiste em suspender a substância sensibilizadora.

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“A conjuntivite tóxica causa lacrimejamento aquoso, transparente e não costuma durar muitos dias, com exceção de agentes contaminadores muito fortes que estendem o período da doença”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugênio, em Brasília (DF). Além de lacrimejamento, a conjuntivite tóxica costuma deixar os olhos vermelhos e com sensação de areia, o que causar coceira ou dor.

O médico recomenda utilizar protetores solares oftalmologicamente testados, que vão proteger a área dos olhos sem causar inflamação. Já os protetores solares comuns, bronzeadores e repelentes devem ser aplicados no rosto evitando a região dos olhos, sem excessos. Quanto aos produtos em spray, devem ser borrifados primeiramente na palma da mão e não diretamente no rosto. Após a aplicação, é importante lavar as mãos e, de tempos em tempos, enxugar o suor ao redor dos olhos com lenço de papel.

Caso o produto químico penetre os olhos, o primeiro passo a ser tomado é interromper o uso da substância e lavar bem os olhos com água corrente ou filtrada. A remoção do agente causador costuma ser suficiente para sanar o problema. O uso de lágrimas artificiais, preferencialmente sem conservantes, ajuda a aliviar o incômodo.

A patologia também pode ser causada por drogas, como antivirais e antiglaucomatosos, colírio medicamentoso, produtos de limpeza, poluentes industriais ou fumaça de cigarro, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo.