Exposição fotográfica retrata os primeiros quatro anos das crianças com microcefalia associada ao zika

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/10/2019 às 10:41
João é uma das crianças que participaram do projeto 'Toda criança é especial', voltado a meninos e meninas com microcefalia, a condição mais conhecida causada pelo zika (Foto: Andréa Leal/Divulgação)
João é uma das crianças que participaram do projeto 'Toda criança é especial', voltado a meninos e meninas com microcefalia, a condição mais conhecida causada pelo zika (Foto: Andréa Leal/Divulgação) FOTO: João é uma das crianças que participaram do projeto 'Toda criança é especial', voltado a meninos e meninas com microcefalia, a condição mais conhecida causada pelo zika (Foto: Andréa Leal/Divulgação)

"Neste mês das crianças, o meu desejo é que os nossos filhos que nasceram com a síndrome congênita do zika vírus tenham direitos iguais a qualquer outra criança sem deficiência. O nosso trabalho é este: pela inclusão. Amo demais meu João para desistir de lutar por ele."

O depoimento acima é da consultora de cosméticos Rosieide Maria da Silva, mãe do pequeno João, que completa 4 anos no próximo dia 17. Ele é uma das crianças que participaram do projeto Toda criança é especial, voltado a meninos e meninas com microcefalia, a condição mais conhecida causada pelo zika. A iniciativa é do Instituto Luz Natural, entidade sem fins lucrativos que usa a fotografia como ferramenta de mudança social.

Passados pouco mais de quatro anos da epidemia do vírus, a fotógrafa Andréa Leal foi à casa dessas crianças para registrar como elas vivem atualmente, como estão se desenvolvendo, quais as suas demandas, conquistas e dificuldades. O resultado do trabalho está em exposição de fotos, até o dia 31 deste mês, na Livraria Praça de Casa Forte (Praça de Casa Forte, 454), na Zona Norte do Recife. As imagens revelam apoio à luta das famílias contra o preconceito e por interação social, cidadania e saúde. A visitação é gratuita.

Na sexta-feira (11), o projeto Toda criança é especial reuniu 20 famílias atendidas pela União Mães de Anjos (UMA), organização não governamental que acolhe mais de 400 famílias das crianças afetadas pelo zika em Pernambuco, durante uma celebração na Vila Celebrar Recepções, nos Aflitos, Zona Norte do Recife. A casa disponibilizou, além do espaço, mesas e cadeiras, bufê e garçons para um encontro cheio de alegria e diversão.