Só este ano, cerca de mil pessoas ganharam a chance de recomeço, em Pernambuco, porque receberam um novo órgão para continuar a viver. Elas voltaram a alimentar a esperança após terem passado pelo transplante. Esse é o desejo de outras 1.365 pessoas, no Estado, que estão na lista de espera por rim (1.029), córnea (190), fígado (95), medula óssea (31), rim/pâncreas (12) e coração (8).
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Os dados, de janeiro a agosto, vêm da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que aproveita o Setembro Verde para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos. “Precisamos informar aos nossos familiares sobre o desejo de ser um
doador”, diz o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. O número de transplantes (1.082) realizados este ano
é menor do que no mesmo período do ano passado, quando foram feitos 1.139 procedimentos. Muitos desses pacientes
não retornaram só a viver. Mais do que isso: ganharam ânimo e bem-estar para realizar ações que muitos de nós
cumprimos no piloto automático, mas que ganham um valor imenso para elas.
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Voltar a caminhar, respirar sem desconforto, beber água sem limitações, estudar, trabalhar, formar uma família são sonhos que se tornaram reais, após o transplante, para quem se viu entregue a uma doença grave. “Não adianta falar da ideia de doação à sociedade sem conseguir entregá-la dentro dos hospitais. Nosso maior desafio é capacitar permanentemente os profissionais”, esclarece a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.