Doença de Chagas: mais duas pessoas expostas ao surto foram internadas no Huoc

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/06/2019 às 9:46
Do total de 77 pacientes expostos ao surto, 11 foram internados no Huoc, com 4 altas (Foto: Igo Bione/Acervo JC Imagem)
Do total de 77 pacientes expostos ao surto, 11 foram internados no Huoc, com 4 altas (Foto: Igo Bione/Acervo JC Imagem) FOTO: Do total de 77 pacientes expostos ao surto, 11 foram internados no Huoc, com 4 altas (Foto: Igo Bione/Acervo JC Imagem)

Mais dois pacientes, entre as 77 pessoas expostas ao surto da doença de Chagas no município de Ibimirim, Sertão pernambucano, foram internados, na quarta-feira (5), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. A medida eleva para 11 o número de pessoas que precisaram de atenção hospitalar. Quatro deles já receberam alta médica. O assunto foi abordado durante o programa Casa Saudável, da TV JC, transmitido ao vivo.

Confira:

Segundo o infectologista do Huoc Filipe Prohaska, 27 pacientes (casos confirmados de Chagas) estão em tratamento medicamentoso. Os outros 50, apesar de não apresentarem sintomas, também estão sendo acompanhados pelo hospital. “Nenhuma faixa etária foi poupada. Foram atingidos dos pacientes mais jovens aos mais idosos”, relatou o infectologista, registrando que “os pacientes estão bem, estáveis clinicamente, ninguém apresentou necessidade de terapia intensiva e a evolução tem sido satisfatória”.

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Também participaram da conversa a representante da Casa de Chagas, a cardiologista Glória Melo, e a superintendente de Vigilância de Doenças Negligenciadas da Secretaria Estadual de Saúde, Marcella Abath. A SES está investigando os casos em várias frentes: na assistência às pessoas, fazendo triagem, coleta de sangue para exames e acompanhamento; na busca da possível causa e na procura do inseto. Ninguém relatou ter visto o barbeiro, como é mais conhecido o vetor que expôs às pessoas a uma microepidemia.

“É muito provável que tenha sido transmissão oral. Então, vamos abrir outra frente, além do controle do vetor (do inseto) que já existe, para alertar a população em relação à procedência dos alimentos e à forma de manuseio deles. Também vamos reforçar a vigilância para identificar a possível presença do vetor (em alimentos). Isso acontece com frequência no Amazonas, onde esse tipo de contaminação é muito comum pelo açaí”, informa Marcella.