Ressaca de Carnaval: médicos dão orientações para evitar intoxicação por bebida alcoólica

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 04/03/2019 às 14:49
Segundos especialistas, pessoas que exageram na bebida e chegam às unidades de saúde relatam ter negligenciado o consumo de água (Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem)
Segundos especialistas, pessoas que exageram na bebida e chegam às unidades de saúde relatam ter negligenciado o consumo de água (Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem) FOTO: Segundos especialistas, pessoas que exageram na bebida e chegam às unidades de saúde relatam ter negligenciado o consumo de água (Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem)

O Carnaval, para muitos, é tão esperado que vale a pena apreciá-lo na dose certa, especialmente sem extrapolar os limites do consumo moderado de bebida alcoólica. Os excessos trazem uma porção de malefícios e podem estragar a folia. Quem se empolga e ultrapassa a linha de equilíbrio tem que lidar com a visita da indesejada ressaca. Embora desagradável, é uma experiência pela qual muitas pessoas passam nestes dias de Momo. Só no Recife, a intoxicação por bebida alcoólica responde por 40% dos atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), que está com posto montado no Bairro do Recife (leia nota abaixo). “A maioria das pessoas chega com um quadro de coma alcoólico. Muitas delas atingem esse estágio porque saem de casa para brincar Carnaval sem se alimentar nem se hidratam corretamente”, informa o médico Leonardo Gomes, coordenador do Samu Metropolitano.

Para evitar os sinais indesejáveis e nocivos da intoxicação aguda de álcool, especialistas sugerem adoção de medidas simples enquanto se curte a folia nas ladeiras, nas ruas ou nos clubes. A dica unânime é caprichar na hidratação. Vale beber bastante água antes, durante e após a festa. “Os pacientes que exageram na bebida e chegam às unidades de saúde relatam ter negligenciado o consumo de água. Não vale trocá-la por refrigerantes, que até matam a sede a princípio, mas têm baixo poder de hidratação”, esclarece o médico Renan Casado, diretor da Unidade de Pronto Atendimento Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

Segundo Renan, neste período, é comum aparecerem pessoas com esse perfil nas urgências. “Num fim de semana, por plantão, recebemos de dois a três pacientes com esse quadro. No Carnaval, o número aumenta em cinco vezes.” Outra orientação do médico é comer alimentos ricos em carboidratos, o que garante energia, disposição e ajuda a evitar os sintomas da ressaca. “E nada de beber de estômago vazio. O organismo de quem não se alimenta adequadamente absorve de forma rápida a bebida alcoólica, que chega depressa ao sistema nervoso central”, esclarece.