Uso de cigarro eletrônico aumenta 78% em um ano entre estudantes dos EUA

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/02/2019 às 16:51
Nos Estados Unidos, um total de 4,9 milhões de jovens usaram cigarros eletrônicos, fumaram ou consumiram algum produto de tabaco em 2018 (Foto ilustrativa: Pixabay)
Nos Estados Unidos, um total de 4,9 milhões de jovens usaram cigarros eletrônicos, fumaram ou consumiram algum produto de tabaco em 2018 (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: Nos Estados Unidos, um total de 4,9 milhões de jovens usaram cigarros eletrônicos, fumaram ou consumiram algum produto de tabaco em 2018 (Foto ilustrativa: Pixabay)

Da AFP

O número de jovens americanos que utilizam cigarros eletrônicos aumentou 1,5 milhões em 2018, compensando os anos de redução do consumo de tabaco em escolas de ensino médio e universidades. O anúncio foi feito, na segunda-feira (11), pelas autoridades de saúde. Cerca de 3,6 milhões de estudantes de ensino médio e universidades usaram cigarros eletrônicos em 2018, em comparação com 2,1 milhões em 2017, um aumento de 78% entre estudantes de ensino médio e de 48% entre universitários. A quantidade de fumantes de cigarros e outros produtos de tabaco, enquanto isso, se manteve estável, segundo um informe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Um total de 4,9 milhões de jovens usaram cigarros eletrônicos, fumaram ou consumiram algum produto de tabaco em 2018, em comparação com 3,6 milhões em 2017, de acordo com uma definição que incluía consumir um destes produtos no mês anterior ao questionário respondido pelo estudante. Todo esse aumento é atribuído ao cigarro eletrônico.

Mais de um de cada quatro estudantes de ensino médio (27%) fumam, usam cigarros eletrônicos ou consomem algum produto de tabaco (cigarro, cachimbo, narguilé e fumo de mascar). "O aumento meteórico do uso de cigarros eletrônicos por parte dos jovens no ano passado ameaça eliminar os avanços alcançados na redução do consumo de tabaco nos jovens", disse o diretor dos CDC, Robert Redfield. "Uma nova geração corre o risco de desenvolver um vício em nicotina", afirmou.

Os cigarros eletrônicos contêm nicotina e outros produtos, mas não as substâncias encontradas nos cigarros tradicionais que se sabe que são cancerígenas. Seu efeito a longo prazo na saúde é objeto de estudo. Os especialistas do governo explicam que o consumo de nicotina pode ter efeitos prejudiciais no desenvolvimento do cérebro adolescente. Os fabricantes argumentam que para os adultos que já são fumantes e dependentes de nicotina, o cigarro eletrônico fornece um benefício radical para a saúde, mas as autoridades de saúde temem que introduza as novas gerações à nicotina.