Preferência por artes maciais cresce entre os brasileiros, revela pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 26/12/2018 às 18:28
Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos, como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social e estruturação de uma personalidade sadia (Foto: Erasmo Salomão/MS)
Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos, como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social e estruturação de uma personalidade sadia (Foto: Erasmo Salomão/MS) FOTO: Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes motivos, como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social e estruturação de uma personalidade sadia (Foto: Erasmo Salomão/MS)

Corridas e artes maciais foram as atividades físicas que mais cresceram nas preferências dos brasileiros. O número de pessoas que praticam esses esportes mais que dobrou nos últimos 11 anos. Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2017, entre os anos de 2006 e 2017, a prática das duas modalidades aumentaram 194% e 109%, respectivamente. Por outro lado, o futebol vem perdendo espaço na escolha de práticas de exercícios físicos pela maioria da população das capitais brasileiras: caiu quase pela metade - 43,5% no mesmo período.

“A atividade física é muito importante para contribuir para a adoção de um estilo de vida saudável, que evitaria 39% das mortes por doença crônica, que responde por 76% das causas de morte no Brasil. Além disso, a promoção da saúde é uma política com baixo custo e com grande impacto populacional”, ressalta a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.

Apesar da queda, a prática de “bater uma bolinha” foi um dos três esportes mais realizados pelos brasileiros em 2017. De acordo com o levantamento, 11,7% da população jogaram futebol nas capitais do País. A prática só perdeu para a caminhada, que foi realizada por 33,6%, e para a musculação, que foi executada por 17,7% da população. Já as artes marciais e lutas, que foram modalidades que as buscas mais crescerem, foram a preferência de 2,3% do público.

Pela Vigitel, o nível de atividade física dos adultos pode ser avaliado em quatro domínios: no tempo livre (lazer), na atividade ocupacional, no deslocamento e no âmbito das atividades domésticas. São considerados ativos adultos que praticam atividades físicas por pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana ou pelo menos 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa. Caminhada, caminhada em esteira, musculação, hidroginástica, ginástica em geral, natação, artes marciais e luta, ciclismo e voleibol/futevôlei e dança foram classificados como práticas de intensidade moderada; corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica, futebol/futsal, basquetebol e tênis foram classificados como práticas de intensidade vigorosa.

Ainda de acordo com a Vigitel 2017, 37% da população das capitais brasileiras realizam o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é a prática de exercício físico de pelo menos 150 minutos por semana. O número cresceu 24,1% no período. Os homens (43,4%) continuam se exercitando mais do que as mulheres (31,5%). A faixa de 18 a 24 anos é a mais ativa, 49,1% da população tem o esporte inserido no cotidiano, seguidos pelos de 25 a 34 anos (44,2%). Além disso, 47% dos brasileiros que praticam atividade física possuem 12 anos ou mais de escolaridade, enquanto 23,3% têm de 0 a 8 anos.

As capitais brasileiras onde se pratica mais atividade física são: Distrito Federal (49,6%), Palmas (45,9%) e Macapá (45,5%), enquanto que São Paulo (29,9%), João Pessoa (34,45) e Recife (35,2%) têm os piores índices.