PE: oito unidades de saúde fiscalizam síndrome que causa manchas vermelhas na pele; entenda

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/11/2018 às 12:35
"Estruturamos uma vigilância em algumas unidades de saúde. Todos os pacientes sintomáticos (com rash que se assemelha ao quadro em investigação) desses serviços deverão ser notificados. Eles também passarão por coleta de amostra (de sangue) para realização de exames laboratoriais", destaca o diretor-geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, George Dimech (Foto: Miva Filho/SES Divulgação)
"Estruturamos uma vigilância em algumas unidades de saúde. Todos os pacientes sintomáticos (com rash que se assemelha ao quadro em investigação) desses serviços deverão ser notificados. Eles também passarão por coleta de amostra (de sangue) para realização de exames laboratoriais", destaca o diretor-geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, George Dimech (Foto: Miva Filho/SES Divulgação) FOTO: "Estruturamos uma vigilância em algumas unidades de saúde. Todos os pacientes sintomáticos (com rash que se assemelha ao quadro em investigação) desses serviços deverão ser notificados. Eles também passarão por coleta de amostra (de sangue) para realização de exames laboratoriais", destaca o diretor-geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, George Dimech (Foto: Miva Filho/SES Divulgação)

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) selecionou oito unidades de saúde, em quatro municípios pernambucanos (Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina), para fazer vigilância sentinela do que se convencionou a chamar de “síndrome exantemática de etiologia a esclarecer”, referindo-se aos casos de doença exantemática ou rash (manchas vermelhas em uma região específica do corpo ou por toda a pele), que têm acometido as crianças com maior frequência e que ainda não tem causa definida. O alerta surgiu de relatos recentes (início deste mês) de médicos que atuam nas emergências de serviços públicos e privados de saúde do Estado.

“Além das observações feitas por médicos dos hospitais do Recife, há relatos de profissionais de outras cidades, como São Bento do Una (Agreste), de Ouricuri e de Petrolina (ambas no Sertão). Também já foram percebidos casos sugestivos desse tipo de rash em Salvador (Bahia) e em municípios de Alagoas”, informa o clínico-geral Carlos Brito, integrante do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde.

A investigação padronizada da SES tem como intenção descrever as manifestações da doença, identificar fatores relacionados ao risco de transmissão e adoecimento, confirmar a causa e orientar medidas de prevenção adequadas. Por nota técnica, a secretaria orienta que sejam notificadas como casos suspeitos da síndrome todas as pessoas, independentemente da idade, atendidas nas unidades sentinelas, que apresentem rash, com febre ou sem, e não se enquadrem nos critérios de suspeita de arboviroses (dengue, chicungunha e zika), rubéola e sarampo.

 

Os pacientes que forem notificados devem passar por exames de sangue, urina, fezes e secreção de naso e orofaringe. Para análise, as amostras serão encaminhadas ao Laboratório de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). “A nota técnica é importante, neste momento, porque chama a atenção para um quadro que precisa ser identificado. Essa ação imediata é fundamental para se disparar um trabalho de investigação. Agora, é essencial agilidade na análise dos exames, a fim de se identificar a causa (do rash)”, reforça Carlos Brito.

Entre as hipóteses, há aquelas que mais prevalecem e outras nem tanto. “As suspeitas que predominam são o zika, os parvovírus e os enterovírus, mas outras possibilidades de diagnóstico também são consideradas, em mesma intensidade, na investigação”, avisa o diretor-geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, George Dimech.