Especialistas debatem os 30 anos do SUS no Diálogo Brasil

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/11/2018 às 9:10
Foto: TV Brasil - Divulgação/Agência Brasil
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Agência Brasil

 

Trinta anos depois de criado pela Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) é saudado como grande conquista da população brasileira, embora continue desprovido dos recursos necessários à sua manutenção. Essa é a análise dos convidados do episódio do Diálogo Brasil desta segunda-feira 5 de novembro.

“O futuro é muito sombrio”, adverte a diretora do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Ana Maria Costa. Ela faz um histórico dos problemas de financiamento do SUS, lembrando que o sistema nunca recebeu a parte devida da Seguridade Social nem da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), depois extinta, e hoje é limitado pela Emenda Constitucional 95, de 2016, que restringe os gastos públicos por 20 anos.

O professor de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Everton Nunes da Silva, um especialista em economia da saúde, observa que os planos de saúde absorvem 30% dos recursos do setor, enquanto 45% vão para o SUS, que tem a responsabilidade de atender o conjunto da população. Segundo ele, a falta de verbas compromete inclusive a gestão.

Em participações por vídeo, a presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo e Silva, também se queixa do subfinanciamento do sistema; e a presidente da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), Maria Angela Marini, destaca a importância do SUS para o tratamento dos menores.