Entenda a relação entre falta de sono e uma epidemia global de solidão

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/10/2018 às 10:03
Estudo de neurocientista revela que, em comparação com pessoas bem descansadas, aquelas privadas de sono tendem a ser mais solitárias (Foto ilustrativa: Freepik)
Estudo de neurocientista revela que, em comparação com pessoas bem descansadas, aquelas privadas de sono tendem a ser mais solitárias (Foto ilustrativa: Freepik) FOTO: Estudo de neurocientista revela que, em comparação com pessoas bem descansadas, aquelas privadas de sono tendem a ser mais solitárias (Foto ilustrativa: Freepik)

O sono é essencial para nos proteger, para mantermos as nossas atividades sociais e profissionais e para restaurar a energia que precisamos ter para dar conta de todas as tarefas do dia a dia. De tão sábio, o organismo sabe o quanto é valioso passarmos um terço da vida dormindo e, por isso, é preciso respeitarmos a máxima de que uma boa noite de descanso deve ser prioridade, assim como é necessário valorizamos a alimentação saudável e a prática de atividade física. A partir desse raciocínio, acendemos um alerta sobre os danos à saúde provocados pela negligência do descanso noturno.

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“Quanto mais breve é o seu sono, mais breve será a sua vida”, alerta o neurocientista britânico Matthew Walker, autor do livro Por que dormimos: a nova ciência do sono e do sonho, cuja edição brasileira chegou ao mercado, em setembro, pela Editora Intrínseca. Entre os mais de cem artigos científicos que ele assina, um mostra uma relação de mão dupla inédita entre a perda do sono e o isolamento social. O achado, publicado recentemente na revista científica Nature Communications, lança uma nova luz sobre uma epidemia global de solidão.

O estudo, intitulado Perda do sono causa isolamento social e solidão, mostra que, em comparação com pessoas bem descansadas, aquelas privadas de sono tendem a ser mais solitárias. E mais: um minuto conversando com uma pessoa que não dorme bem foi o suficiente para fazer alguém se sentir solitário e ser afetado pelo o que o artigo chama de ‘contágio viral’ do isolamento social causado pela perda do sono. Que essa discussão leve a refletir o quanto o hábito de dormir deve ser urgentemente recuperado e respeitado.

No livro, que chegou há pouco às livrarias brasileiras, Matthew Walker explica como podemos aproveitar o sono para melhorar o aprendizado, o humor e os níveis de energia. Sem dúvida, a leitura nos ajuda a colocar em prática (e com qualidade), a longo prazo, as oito horas de sono por noite.