Espírito Santo entra em alerta com confirmação de caso de febre do Nilo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/06/2018 às 11:53
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex (Foto ilustrativa: Pixabay)
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex (Foto ilustrativa: Pixabay)

A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmou a ocorrência, no Estado, de infecção em equídeo pelo vírus da febre do Nilo, uma doença neurológica. O caso foi registrado em uma propriedade em São Mateus, e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) teve conhecimento a partir da notificação de óbito em cavalos na região, o que chamou atenção dos técnicos responsáveis na Sesa e desencadeou o trabalho de investigação dos casos. O exame confirmatório foi realizado pelo Instituto Evandro Chagas (PA), laboratório oficial do Ministério da Saúde.

Nos meses de abril e maio deste ano, o Idaf recebeu seis notificações de mortalidade de equídeos por síndromes neurológicas nos municípios de Baixo Guandu, Nova Venécia, Boa Esperança e São Mateus. Apenas uma coleta indicou caso positivo para o vírus em questão. Em 2017, foram 25 notificações em todo o Estado, mas nenhuma com diagnóstico dessa doença.

O exame confirmatório foi realizado pelo Instituto Evandro Chagas, laboratório oficial do Ministério da Saúde (Foto: Sesa)

A Sesa, em parceria com o Idaf, mantém o trabalho de investigação epidemiológica nos municípios onde houve notificação, acompanhando as propriedades, verificando novas ocorrências, assim como realizando a vigilância em relação à mortalidade de aves silvestres, entre outras ações.

Como se trata de uma zoonose (ou seja, a doença pode ser transmitida aos seres humanos), a Sesa tem acompanhado o caso, juntamente com o Idaf. Dessa forma, caso haja ocorrência em humanos, o diagnóstico e o tratamento poderão ser feitos em tempo oportuno. Não há registro da doença em humanos no Espírito Santo. No Brasil, o Piauí foi o primeiro Estado a registrar um caso da doença, em 2014.

A doença

A Febre do Nilo é uma doença viral que acomete vários animais e também humanos. A transmissão ocorre pela picada de mosquito. Humanos e equídeos não são capazes de infectar os mosquitos responsáveis pela transmissão da doença. Humanos e equídeos não transmitem a doença entre si, nem passam de um para o outro.

Em geral, os sintomas nos animais são falta de coordenação motora, andar cambaleante, cegueira, cabeça baixa, orelhas caídas, apatia, podendo ser fatal. A doença também acomete aves e, nesses animais, observa-se mortalidade elevada. Não há tratamento específico.

Notificação

A comunicação é essencial para detectar a ocorrência de possíveis casos da doença e adotar as medidas sanitárias necessárias. Por isso, ao notar casos de mortalidade em equinos ou sinais de doenças neurológicas, a Sesa e o Idaf devem ser imediatamente notificados. A notificação pode ser feita diretamente nos escritórios locais do Idaf, por telefone ou mesmo por e-mail. Os contatos dos municípios estão disponíveis no site do Idaf (www.idaf.es.gov.br). Também é possível notificar na Secretaria Estadual de Saúde, pelo telefone (27 99849-1613) ou pelo e-mail [email protected].

*Com informações da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo