Na América Latina, os adultos reconhecem o impacto signicativo que o sono tem, superando a prática de exercícios físicos, a segurança financeira e a alimentação adequada. No entanto, não alcanças as horas de sono recomendadas. A média que passam dormindo é de 6.9 horas - o ideal é que o descanso noturno seja entre 7 e 9 horas. E no Brasil, 73 milhões de pessoas têm dificuldade para dormir. No programa Casa Saudável desta sexta-feira (20), o neurologista Igor Bruscky falou sobre insônia e outros problemas que afetam a qualidade do sono dos brasileiros. O médico também tirou dúvidas dos internautas e deu orientações para a população ter boas noites de sono.
Confira o programa:
Chá ou café?
"Quanto menos medicações usadas para tratar a insônia, melhor. Só fazemos a prescrição em casos que realmente precisam. A correção de hábitos inadequados melhora a qualidade do sono, assim como chá de camomila e valeriana, e sem efeitos colaterais de alguns medicamentos", destacou Igor Bruscky. Ele também explicou por que o café atrapalha o descanso noturno. "O café entra no grupo de bebidas estimulantes. No caso das pessoas que tomam café e dizem não ter insônia, o sono é superficial. Elas acordam sem estar tão descansadas."
E qual a justificativa para isso acontecer? "Existe uma substância produzida no cérebro chamada adenosina, cujo acúmulo vai promover o sono. Quando se toma café, a molécula de cafeína se liga ao receptor da adenosina. Então, a parte da substância que se acoplaria ao cérebro 'fica ocupada' com a cafeína. Por isso que o café tira o sono ou leva a um sono não reparador", esclarece o neurologista.