Zika: Johnson & Johnson iniciará estudos em humanos de vacina contra o vírus

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/12/2017 às 19:36
Johnson & Johnson iniciará estudos clínicos em humanos de vacina
de dose única ainda este ano (Foto ilustrativa: Photl.com)
Johnson & Johnson iniciará estudos clínicos em humanos de vacina de dose única ainda este ano (Foto ilustrativa: Photl.com) FOTO: Johnson & Johnson iniciará estudos clínicos em humanos de vacina de dose única ainda este ano (Foto ilustrativa: Photl.com)

A Johnson & Johnson acaba de anunciar que a Janssen Vaccines & Prevention B.V., parte da Janssen Pharmaceutical Companies, está trabalhando em parceria com o Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC), nos Estados Unidos, para validar e acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus. Além do esforço científico no combate à doença, a Janssen Brasil apresenta os resultados do projeto Zikalab, realizado no País desde 2016, para capacitar profissionais de saúde do sistema de saúde pública que estão na linha de frente do atendimento à população nas áreas mais afetadas pelo vírus.

Leia também: 

‘Cartão amarelo’ para a vacina da dengue faz questionar: há riscos para quem já se imunizou?

As novidades foram apresentadas na terça-feira (5), no Recife, durante a estreia brasileira do documentário Unseen Enemy (Inimigo Invisível, em português), apoiado pela companhia, que alerta a comunidade global sobre o risco de novas pandemias causadas por vírus, como zika, influenza e ebola.

Em um estágio inicial, estudo pré-clínico publicado em 4 de agosto de 2016 na revista Science, uma nova vacina baseada em vetores de adenovírus testada por BIDMC forneceu proteção completa contra o zika, após uma única imunização em primatas não humanos (PNH), fazendo a vacina vetorizada em adenovírus uma candidata promissora para testes em seres humanos.

 

Sobre o Zikalab

Criado em 2016 em parceria com o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (Ipads), o Zikalab já capacitou cerca de 7 mil profissionais de saúde em 37 municípios de seis Estados (Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins e Paraíba), com foco em prevenção e cuidado para mulheres grávidas, mães e bebês com microcefalia, a manifestação mais conhecida da síndrome congênita do zika.

"O surto do zika vírus afetou profundamente as famílias e o sistema de saúde do Brasil e exigiu uma rápida e intensa mobilização de todos os setores da sociedade. O Zikalab é um exemplo de como a colaboração entre diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas, pode impactar positivamente os desafios de saúde pública", afirma o presidente da Janssen Brasil, Bruno Costa Gabriel. "A capacitação permite que os profissionais de saúde estejam habilitados e preparados para responder à ameaça do vírus", completa a diretora médica da Johnson & Johnson Consumo para a América Latina, Fernanda Pimentel. Até o momento, a empresa já investiu cerca de R$ 2,3 milhões em apoio ao País no enfrentamento da doença.