O grupo de doenças reumáticas, que pode atingir pessoas de todas as faixas etárias, engloba cerca de 100 tipos de enfermidades que afetam as articulações. Entre elas, a mais conhecida é a artrite reumatoide, que é três vezes mais comum em mulheres do que em homens. É uma doença autoimune crônica e debilitante que afeta uma população estimada de 23,7 milhões de pessoas em todo o mundo. O problema faz o organismo erroneamente atacar as juntas saudáveis, causando dor, inchaço, rigidez e, com o passar do tempo, perda da função articular, assim como fadiga e fraqueza geral. Tudo isso leva a uma incapacidade para realização de algumas atividades comuns do dia a dia.
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O estudo PROSE-RA (sigla, em inglês, para Patient reported outcomes survey of employment in patients with rheumatoid arthritis), realizado no Brasil, Argentina, Colômbia e México, acompanhou 309 pacientes e comprova que os brasileiros com artrite reumatoide são os mais afetados na qualidade de vida e em produtividade no trabalho.
No País, os pacientes que vivem com a doença apresentam a menor taxa de empregabilidade (40%), enquanto os argentinos apresentam a maior, com 73% dos pacientes empregados, seguidos pela Colômbia (61%) e México (54%).
O diagnóstico das doenças reumáticas é feito com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem (como raios-x e ressonância magnética). O tratamento inclui fisioterapia, medicamentos (anti-inflamatórios e agentes imunobiológicos) e adoção de hábitos saudáveis, como não fumar e praticar exercícios físicos.
O alerta à população é importante, pois o diagnóstico muitas vezes ocorre com atraso de mais de cinco anos, já que a doença pode se apresentar em surtos de branda intensidade. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, melhor a qualidade de vida do paciente.