Entidade reclama de falta de bolsa de colostomia: 'Muitos pacientes estão usando sacola plástica'

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/08/2017 às 16:46
No Hospital Barão de Lucena (HBL), ficam os pacientes à frente da Associação dos Ostomizados de Pernambuco (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem)
No Hospital Barão de Lucena (HBL), ficam os pacientes à frente da Associação dos Ostomizados de Pernambuco (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem) FOTO: No Hospital Barão de Lucena (HBL), ficam os pacientes à frente da Associação dos Ostomizados de Pernambuco (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem)

A Associação dos Ostomizados de Pernambuco, que oferece apoio a cerca de 1,7 mil pacientes (entre bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos), lamenta a irregularidade na entrega de bolsas coletoras a pessoas ostomizadas, que precisam do produto fixado ao corpo para recolher fezes e urina. A colostomia, por exemplo, é feita quando o paciente apresenta qualquer problema que o impede de evacuar normalmente pelo ânus. As fezes saem pelo estoma (a exteriorização no abdome de uma parte do intestino grosso) e são coletadas em uma bolsa plástica adaptada à pele.

A entrega regular das bolsas coletoras, segundo a Associação dos Ostomizados de Pernambuco, perdura há quatro meses na rede pública. "Por causa dessa falta de bolsas, muitos pacientes passaram a usar sacolas plásticas (como as de supermercado)", relata a vice-presidente da associação, Maria Madalena Vasconcelos, que usa a bolsa coletora há 12 anos.

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Os pacientes que precisam das bolsas coletoras são aqueles que foram submetidos à ostomia, um procedimento cirúrgico que 'constrói' um novo caminho para a saída das fezes ou da urina para fora do corpo. Atualmente esse tipo de intervenção se realiza criando um ostoma na parede abdominal, pelo qual as fezes em consistência e quantidade variável, e a urina, em forma de gotas, são expelidas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que a direção do Hospital Barão de Lucena (HBL), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, onde ficam os pacientes à frente da Associação dos Ostomizados de Pernambuco, "esclarece que, por problemas nos trâmites de aquisição das bolsas para colostomia, registrou a falta de alguns tipos do insumo na unidade. No entanto, salienta que está trabalhando para regularizar a situação no menor tempo possível".

A SES também destaca que "a equipe médica do HBL vem realizando avaliações em seus pacientes para viabilizar a troca do tipo de bolsa, de acordo com o tipo de estomia. Informa ainda que vem trabalhando para regularizar a entrega do material e reforçando os trabalhos de orientação aos usuários sobre o uso correto e adequado do equipamento, visando o melhor desempenho e durabilidade do mesmo".