Entidades médicas reforçam o combate ao colesterol alto nesta terça

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/08/2017 às 21:30
O aposentado Rudeberto Oliveira, 71 anos, adotou um estilo de vida saudável após descobrir que estava com pressão arterial alta (Foto: Diego Nigro / JC Imagem)
O aposentado Rudeberto Oliveira, 71 anos, adotou um estilo de vida saudável após descobrir que estava com pressão arterial alta (Foto: Diego Nigro / JC Imagem) FOTO: O aposentado Rudeberto Oliveira, 71 anos, adotou um estilo de vida saudável após descobrir que estava com pressão arterial alta (Foto: Diego Nigro / JC Imagem)

Um tipo de gordura gerada pelo organismo, o colesterol desempenha importantes funções. A produção de hormônios essenciais, como a testosterona e o cortisol, está entre suas principais atribuições. O excesso da substância no organismo, no entanto, pode trazer sérios riscos à saúde. Para conscientizar a população sobre a importância de hábitos saudáveis no controle das taxas, diversas entidades médicas elegeram esta terça-feira, dia 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.

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Para circular pelo sangue, a substância precisa se associar a moléculas de proteínas, dando origem às lipoproteínas. As mais conhecidas são as de alta densidade (HDL - High Density Liproteins) e as de baixa densidade (LDL - Low Density Lipotreins). É o aumento do LDL no organismo, comumente conhecido como o ‘colesterol ruim’, que pode contribuir para o surgimento de doenças, principalmente as cardiovasculares. “Um dos principais fatores que contribuem para o aumento do colesterol é a alimentação rica em gorduras saturadas e açúcares. Sedentarismo, tabagismo e hipertensão não controlada podem levar ao aumento do colesterol no organismo”, ressalta a cardiologista Diana Lamprea, da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Pernambuco.

Uma predisposição genética também pode contribuir para que o paciente venha a ter problemas com o nível de colesterol. Nesses casos, o controle precisa começar desde a infância. “Esses pacientes devem adotar desde cedo uma dieta rigorosa, além de manter o peso regular e praticar atividades físicas”, esclarece a especialista.

Foi em uma consulta para analisar um desconforto que sentia que o aposentado Rudeberto Oliveira, 71 anos, descobriu que estava com pressão arterial elevada. O diagnóstico fez com que o paciente mudasse os hábitos de vida para não enfrentar complicações. Prática regular de atividades e alimentação balanceada estão entre os novos costumes do aposentado. “Tive que mudar toda a rotina para controlar a pressão (arterial). Fui notando a diferença com a mudança de hábitos. Faço exames de seis em seis meses e minhas taxas estão sempre regulares”, conta.

O aumento demasiado de gorduras no organismo, como o colesterol e o triglicerídes, pode levar a uma doença chamada de dislipidemia. Uma das preocupações dos especialistas é que, além da doença ser assintomática, não existe protocolos básicos a serem seguidos para identificá-la precocemente. “Não existe uma rotina pré-determinada para medir os níveis de colesterol no sangue, com exceção de pacientes com perfil que se encaixem nos fatores de risco para colesterol elevado”, pontua a cardiologista.

O diagnóstico da dislipidemia é feito, laboratorialmente, através de exame de sangue, com medição dos níveis plasmáticos de colesterol total e triglicérides. “O paciente que desejar pode pedir a dosagem de taxas para o clínico geral. Se houver alguma alteração, será encaminhado para o cardiologista ou endocrinologista”, esclarece a médica.

A prevenção continua sendo a melhor saída para evitar problemas com o colesterol. Manter uma dieta balanceada (rica em frutas, vegetais e grãos), evitar o tabagismo e praticar atividades físicas regularmente estão entre as orientações dos médicos. “Todos os estudos clínicos comprovam que a prevenção e controle da dislipidemia através de uma boa prática médica é fundamental”, ressalta a cardiologista.