Cabelo caindo demais? Dermatologista esclarece dúvidas sobre calvície e formas de tratar o problema

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/05/2017 às 10:21
Cerca de 5% das mulheres, aos 30 anos, têm algum grau da alopecia androgenética. Com o dobro da idade, percentual salta para 40%. Entre os homens acima dos 65 anos, a prevalência é de 70% (Foto: Reprodução da internet)
Cerca de 5% das mulheres, aos 30 anos, têm algum grau da alopecia androgenética. Com o dobro da idade, percentual salta para 40%. Entre os homens acima dos 65 anos, a prevalência é de 70% (Foto: Reprodução da internet) FOTO: Cerca de 5% das mulheres, aos 30 anos, têm algum grau da alopecia androgenética. Com o dobro da idade, percentual salta para 40%. Entre os homens acima dos 65 anos, a prevalência é de 70% (Foto: Reprodução da internet)

Conhecida popularmente como calvície, a alopecia androgenética é um problema mais comum do que se imagina entre homens e mulheres. Caracterizada pela perda total ou parcial dos cabelos, a calvície tem status de doença e é uma condição geneticamente determinada. “É um quadro herdado do DNA, mas não significa que todas as pessoas com casos de calvície na família manifestarão o problema. De toda forma, é um gene dominante”, diz a médica Mariana de Andrade Lima, preceptora da especialização em dermatologia da Santa Casa de Misericórdia do Recife.

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A dermatologista chama a atenção para o fato de a alopecia androgenética ser frequente e necessitar de tratamento sempre que a condição afetar quem convive com essa forma de queda de cabelos. “Cerca de 5% das mulheres, aos 30 anos, têm algum grau da doença. Com o dobro da idade, esse percentual salta para 40%. Entre os homens acima dos 65 anos, a prevalência é de 70%. Além da perda dos fios, o problema pode vir acompanhado de cabelos mais finos e ralos”, frisa Mariana, especialista em doenças dos cabelos pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos.

"No ano passado, passei por quatro sessões de IPCA (sigla para indução percutânea de colágeno com agulhas) e percebi que o procedimento estimulou o crescimento dos fios, que voltaram a recobrir a área onde a perda de cabelo se concentrava. Os fios estão mais resistentes agora", comemora o representante comercial Adail Arruda Júnior, 35 anos (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem) "No ano passado, passei por quatro sessões de IPCA (sigla para indução percutânea de colágeno com agulhas) e percebi que o procedimento estimulou o crescimento dos fios, que voltaram a recobrir a área onde a perda de cabelo se concentrava. Os fios estão mais resistentes agora", comemora o representante comercial Adail Arruda Júnior, 35 anos (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem)

A indicação do tratamento vai depender da forma como o paciente encara o problema, segundo a dermatologista. “Nenhuma mulher aceita bem a queda dos fios além do normal. Alguns homens, contudo, não se importam. De qualquer forma, há casos em que a alopecia androgenética impacta até a saúde mental e faz, por exemplo, a pessoa evitar se olhar no espelho”, revela Mariana.

Assista ao programa Casa Saudável, na TV JC, sobre o assunto:

A prescrição de opções terapêuticas para a calvície sempre é feita depois de uma investigação do problema pelo dermatologista. “São solicitados testes laboratoriais, exames de imagem e, em alguns casos isolados, biópsia do couro cabeludo, capaz de fazer a análise e a contagem dos folículos pilosos, estruturas que dão origem ao cabelo.”

"Durante a IPCA, um aparelho descartável forma microperfurações no couro cabeludo. Quando o organismo faz a cicatrização, ‘envia’ fatores de crescimento que estimulam o folículo (estrutura que dá origem ao cabelo), que não está morto nos casos de alopecia androgenética; ficam apenas dormentes", explica a dermatologista Mariana de Andrade Lima (Foto: Diego Nigro/JC Imagem) "Durante a IPCA, um aparelho descartável forma microperfurações no couro cabeludo. Quando o organismo faz a cicatrização, ‘envia’ fatores de crescimento que estimulam o folículo (estrutura que dá origem ao cabelo), que não está morto nos casos de alopecia androgenética; ficam apenas dormentes", explica a dermatologista Mariana de Andrade Lima (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)

Além de medicamentos orais, os médicos da área podem indicar produtos para aplicação na área do couro cabeludo onde se concentra a perda dos fios. Atualmente, Mariana tem se dedicado também a tratar pacientes com uma técnica inovadora chamada de indução percutânea de colágeno com agulhas – procedimento cirúrgico conhecido pela sigla IPCA e que tem beneficiado pessoas com queda acentuada dos fios.

O procedimento, trazido para o Brasil pelo dermatologista pernambucano Emerson de Andrade Lima, é baseado no uso de microagulhas, que perfuram áreas do couro cabeludo para estimular a produção dos fios. “Estamos, inclusive, convocando mulheres de 18 a 60 anos, para tratar gratuitamente a queda dos fios com IPCA na Santa Casa de Misericórdia (em Santo Amaro, área central do Recife)”, avisa Mariana. Não é necessário agendamento prévio. Informações: (81) 3421-4874.

Infográfico - Calvície