Aumenta em quase 30% número de casos de síndrome respiratória aguda grave em PE

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/04/2017 às 10:25
Neste ano, foram 280 pacientes com SRAG em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)
Neste ano, foram 280 pacientes com SRAG em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem) FOTO: Neste ano, foram 280 pacientes com SRAG em Pernambuco (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)

O retorno da estação de chuvas torna favorável o ocorrência de casos de influenza e de outras enfermidades do trato respiratório. Da mesma forma, também é esperado para esse período uma maior incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), condição caracterizada quando há necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou desconforto respiratório. De 1º de janeiro a 25 de março deste ano, Pernambuco notificou 280 casos de SRAG. O quantitativo é 29% maior do que as notificações do mesmo período de 2016, com 217 pacientes.

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Diferentemente do ano passado, quando se destacaram as ocorrências pela influenza A H1N1, a circulação predominante tem sido da influenza A H3N2 sazonal. Em 2017, foram 280 pacientes com SRAG em Pernambuco. Desses, 29 positivaram para influenza A (H3N2) sazonal, vírus responsável por 90% das amostras positivas. Não há óbitos para essa enfermidade. Já em 2016, dos 217 pacientes, 41 deram positivo para influenza A (H1N1), com 13 óbitos para esse vírus. Em 2016, no mesmo período, não foram registrados casos de influenza A (H3N2) sazonal.

Com objetivo de prevenir casos graves e óbitos e de reforçar, com os serviços de saúde e os gestores municipais, a vigilância e resposta a este evento de saúde publica, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) encaminhou, na quarta-feira (5/4), nota técnica frisando todas as medidas para a vigilância epidemiológica, os cuidados de prevenção e controle para influenza, a forma correta de tratamento dos pacientes e a importância da notificação dos casos de SRAG.

“A notificação dos casos de SRAG é obrigatória e deve ser feita de forma imediata. Além disso, é importante fazer a coleta de amostra clínica do paciente para que seja analisado qual o vírus que está provocando o quadro. Na nota técnica, também estamos ressaltando a importância das unidades de referência manter em dia os estoques do medicamento oseltamivir, que é o fornecido pelo Ministério da Saúde para o tratamento do paciente”, afirma a gerente de Vigilância e Controle das Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes, que ainda ressalta o trabalho permanente de vigilância do órgão para acompanhar a situação.