SUS incorpora técnica para tratar ceratocone, doença que atinge a córnea

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 23/09/2016 às 18:18
Nova técnica, chamada de crosslinking corneano, pode deter a evolução do ceratocone de forma rápida e pouco invasiva (Foto: Free Images)
Nova técnica, chamada de crosslinking corneano, pode deter a evolução do ceratocone de forma rápida e pouco invasiva (Foto: Free Images) FOTO: Nova técnica, chamada de crosslinking corneano, pode deter a evolução do ceratocone de forma rápida e pouco invasiva (Foto: Free Images)

O Ministério da Saúde (MS) incorporou um novo procedimento para tratar o ceratocone, doença que pode causar deformidade da córnea. A nova técnica, chamada de crosslinking corneano, pode deter a evolução do problema de forma rápida e pouco invasiva. A portaria, que teve como base a recomendação técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), foi publicada nessa quinta-feira (22).

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Por meio do crosslinking corneano, é possível aumentar a rigidez do tecido da córnea com a retirada de algumas células superficiais, seguida da aplicação de colírio de riboflavina (vitamina B2) e da irradiação de luz ultravioleta na região por cerca de 30 minutos. O procedimento estabiliza a córnea, pois aumenta a força de ligação entre suas células, retardando a perda da visão do paciente e evitando (ou adiando) o transplante da córnea.

O procedimento será incluído na tabela SUS mediante a publicação de um protocolo de uso, que se encontra em elaboração. Estima-se que, por ano, 2.434 pessoas acometidas por ceratocone podem ser tratadas com a técnica incorporada ao Sistema Único de Saúde.

Para saúde ocular da população, o SUS oferece cirurgias para tratar ceratocone por implante intraestromal, a catarata e o glaucoma. Neste ano já foram realizadas 234.405 cirurgias para tratar a catarata e 7.113 cirurgias para glaucoma. O SUS também oferece tratamento medicamentoso para glaucoma, só neste ano já foram feitos 331.127 tratamentos.