Setembro Verde: campanha alerta sobre prevenção e combate ao câncer colorretal

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 20/09/2016 às 7:00
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Imagem de mulher com mãos na barriga (Foto: Photl.com) Entre os sintomas do câncer colorretal estão dor ou algum tipo de desconforto abdominal (Foto: Photl.com)

Para conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e combate ao câncer de intestino - também chamado de câncer colorretal - a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) lançou a 2ª edição da campanha Setembro Verde. Até o fim do mês, o Portal da Coloproctologia divulgará, tanto em seu site oficial como na fan page no Facebook, dicas e cuidados sobre a doença.

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Entre os fatores de risco estão obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo. A idade também pode contribuir para o surgimento da doença, principalmente a partir dos 50 anos. “O câncer colorretal também está relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo elevado de carnes vermelhas e processadas e pouca ingestão de frutas, legumes e verduras", alerta o presidente da SBCP, Fábio Guilherme Campos.

A doença geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso a SBCP recomenda a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos, -quando não há casos na família de câncer colorretal ou pólipos. Quando houver histórico familiar, a recomendação geralmente é a partir dos 40 anos de idade. "O exame consiste na introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera para visualizar o intestino por dentro. A colonoscopia permite retirar eventuais pólipos, pequenas verrugas na mucosa do intestino. Os tumores malignos se originam a partir desses pólipos. O coloproctologista vai determinar a periodicidade adequada de realização do exame", explica Campos.

Em estágios avançados, o câncer do intestino pode causar perda de sangue nas fezes, dor abdominal, massa abdominal palpável, alteração do ritmo intestinal, emagrecimento, náuseas, vômitos e anemia não explicados por outras causas.

Quando detectada a doença, na maioria das vezes o tratamento é realizado por meio de cirurgia (por via convencional ou laparoscópica) para remoção da parte afetada juntamente com os gânglios linfáticos (linfonodos). Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e cirurgia para realização de um estoma (orifício na parede abdominal).