H1N1: 59% dos casos de síndrome respiratória aguda grave estão associados ao vírus em PE

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 04/07/2016 às 12:23
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A maioria da população geralmente tem forma atenuada de gripe, especialmente quando municípios atingem cobertura vacinal satisfatória durante as campanhas (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem) A maioria da população geralmente tem forma atenuada de gripe, especialmente quando municípios atingem cobertura vacinal satisfatória durante as campanhas (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem)

O Estado de Pernambuco já notificou, neste ano, 878 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), condição em que pode se apresentar a forma de gripe associada a maiores complicações. Desse total, 100 amostras foram positivas para um leque de vírus respiratórios, com 59 confirmações de influenza A H1N1. As demais amostras positivas estão associadas a outros agentes, como o parainfluenza, o adenovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR). No mesmo período de 2015, além de terem sido notificados menos casos de SRAG (655) em comparação a este ano, não houve confirmação para H1N1. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (4) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

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Os casos de SRAG são delicados porque exigem internação. Os pacientes, que apresentam complicações decorrentes de vírus e outros agentes infecciosos, têm como sintoma clássico o desconforto respiratório acompanhado de sinais da síndrome gripal. É bom ficar claro, contudo, que essas formas mais graves de gripe relacionadas à SRAG são incomuns. A maioria da população geralmente tem forma atenuada de gripe, especialmente quando os municípios atingem uma cobertura vacinal satisfatória durante as campanhas, em torno de 80%.

Outro detalhe importante é que, neste ano, já ocorreram 65 casos de SRAG com evolução para óbito em Pernambuco (em 2015, foram 22 mortes associadas à SRAG). Desses, 14 foram confirmados para H1N1, 36 encerrados por SRAG não especificada e apenas um caso relacionado a outros vírus respiratórios.

Os demais óbitos estão em investigação e podem ter sido provocados por diversos vírus, bactérias e outros agentes.

Quadros leves de gripe

Este ano em Pernambuco, foram realizadas 308 coletas de pacientes com síndrome gripal. São casos leves de gripe e que são analisados para diagnosticar os vírus em circulação no Estado. Por isso, o número é apenas uma amostragem e não representa a incidência de síndrome gripal.

Entre as 308 coletas, 61 amostras foram positivas para vírus respiratórios. Entre elas, 43 resultados deram positivo para H1N1. No mesmo período de 2015, não foi confirmado caso de síndrome gripal pelo vírus.