Aedes aegypti transmite dengue, chicungunha e zika (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
Da Agência Brasil
A Comissão Europeia financiou, nesta terça-feira (15), com 10 milhões de euros do programa Horizonte 2020, a investigação sobre o vírus zika, que afeta regiões da América Latina, principalmente o Brasil, com suspeita de que cause malformações em recém-nascidos. A verba é destinada ao financiamento de projetos que investigam a presumível ligação entre o vírus e os casos notificados de malformações cerebrais graves, como a microcefalia em recém-nascidos.
Leia também:
» Facepe lança edital emergencial para estudos sobre o zika
» Vírus zika: Fique por dentro dos boatos e das verdades
Os investigadores poderão passar, em seguida, à luta contra o vírus zika, incluindo o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico e o ensaio de possíveis tratamentos e vacinas.
“Esse financiamento permitirá a realização de investigação sobre a ameaça mundial emergente do vírus zika, que é urgentemente necessário”, disse o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.
Por seu lado, o ministro da Ciência e da Tecnologia brasileiro, Celso Pansera, afirmou que “a parceria com a União Europeia na investigação sobre o vírus zika será muito importante para ajudar os investigadores brasileiros a lutar com as doenças epidêmicas que afetam o Brasil”.
O país mais afetado pelo zika é o Brasil, onde, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a recente série de malformações cerebrais graves em recém-nascidos pode estar relacionada com o vírus.
Os recursos vão complementar outras atividades de investigação atualmente financiadas no âmbito do Programa-Quadro Horizonte 2020, que podem ajudar a lutar contra o zika, especialmente o desenvolvimento de vacinas e o controle da propagação dos mosquitos.