Brasil investiga 3.448 bebês com suspeita de microcefalia. Maior nº de casos continua em Pernambuco

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/01/2016 às 12:26
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Imagem de homem segurando bebê com microcefalia (Foto: Edmar Melo / JC Imagem) Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação: 1.125 casos (Foto: Edmar Melo/Acervo JC Imagem)

Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia já foram registrados, em todo o Brasil, até 23 de janeiro. Desse total, 270 casos tiveram confirmação da malformação (seis com relação ao vírus zika). Outros 462 casos notificados já foram descartados. Dessa maneira, o Ministério da Saúde continua a investigar 3.448 casos suspeitos da anomalia congênita no País. Esses são os dados que estão no novo boletim, divulgado nesta quarta-feira (27).

Os casos suspeitos de microcefalia (4.180) foram registrados em 830 municípios de 24 unidades da federação. A região Nordeste concentra 86% dos casos notificados. O Estado de Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.125), seguido dos Estados da Paraíba (497), Bahia (471), Ceará (218), Sergipe (172), Alagoas (158), Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119).

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“Em relação ao boletim divulgado no dia 20 de janeiro, é possível constatar a tendência de redução no número de notificações. O aumento identificado em uma semana de casos notificados foi de 7%. No entanto, a quantidade de casos descartados cresceu 63%, passando de 282 para os atuais 462”, ressaltou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

No total, foram notificados 68 óbitos por malformação congênita após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento espontâneo). Destes, 12 foram confirmados para a relação com infecção congênita, todos na região Nordeste, sendo 10 no Rio Grande do Norte, um no Ceará e um no Piauí. Continuam em investigação 51 mortes e outras cinco já foram descartadas.

Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus zika 22 unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.