Estudo aponta que doenças crônicas causam impacto alarmante no PIB brasileiro

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/12/2015 às 15:00
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Imagem de braços sugerindo dor nas articulações (Foto: Free Images) Estudo avaliou o impacto das doenças crônicas em 12 países. No Brasil, as perdas totalizarão 8,7% do PIB até 2030, um montante de US$ 184 bilhões (Foto: Free Images)

Estudos realizados pela Universidade de Victoria, na Austrália, em 12 países, entre eles o Brasil, apontou que O aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão causando diminuição da população economicamente ativa (PEA) em diversos países. A realidade no Brasil é ainda mais preocupante, inclusive em função do envelhecimento da população. Estima-se que as perdas totalizarão 8,7% do PIB brasileiro até 2030, um montante de US$ 184 bilhões, sem falar da queda de produtividade que as empresas terão que gerenciar.

Entre os países pesquisados, o Brasil apresenta o maior impacto sobre doenças crônicas. Os dados revelam que até 2030 o índice de envelhecimento da população e a alta incidência de DCNTs alcancem 39% da PEA, configurando o país como o “mais velho” entre os latino-americanos estudados. Esses dados colocam governo, empresa e sociedade em estado de atenção e reflexão sobre as DCNTs e exigem respostas urgentes para as implicações econômicas geradas pelo processo de envelhecimento da força de trabalho e a mudança de perfil de saúde marcadas pelo agravamento causado por doenças crônicas.

Coordenada pelo professor Bruce Rasmussen, a pesquisa considerou os custos que podem ter efeitos diretos no PIB, como perdas devidas à aposentadoria precoce, faltas não programadas do empregado (absenteísmo) e perda da produtividade durante a jornada de trabalho (presenteísmo).

A participação do Brasil nos estudos foi sugerida pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, que promoverá no próximo dia 10 de dezembro, em Brasília, uma conferência para apresentação dos resultados do trabalho do professor Rasmussen e debates sobre estratégias de combate às doenças crônicas não transmissíveis e investimentos em saúde para o alcance das metas econômicas.