Ácaros, poeira e fumaça podem favorecer o aparecimento da alergia ocular (Foto: Reprodução)
Médicos alertam sobre as alergias oculares que acometem milhares de pessoas no Brasil. Um sintoma muito comum é a vermelhidão dos olhos, seguida por inchaço da pálpebra e coceira, além do lacrimejamento. A oftalmologista Marília Medeiros, do Instituto de Olhos do Recife (IOR), ressalta que as mais frequentes são as conjuntivites alérgicas e explica que diversos fatores externos podem desencadear a hipersensibilidade. "Ácaros, poeira, fumaça e pólen podem favorecer esse tipo de alergia."
Segundo a médica, qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ocular. As crianças e os adolescentes, no entanto, são os grupos mais afetados. “É importante ressaltar que pacientes que têm algum tipo de alergia respiratória, como rinite, sinusite ou asma, são mais propensos à conjuntivite alérgica”, explica.
Alguns cuidados simples podem evitar as alergias oculares. Eis alguns: manter a limpeza do filtro do ar-condicionado ou ventilador, evitar excesso de tecidos que acumulam poeira (cortinas, carpetes e bichos de pelúcia), forrar travesseiros com capas impermeáveis, manter os ambientes arejados e com boa exposição solar e evitar o uso de vassoura ao limpar a casa, substituindo por pano úmido na hora de retirar o pó.
Se, mesmo com todos essas ações preventivas os sintomas ainda aparecerem, o ideal é uma visita ao oftalmologista para saber que cuidados mais específicos devem ser adotados. "Há situações em que colírios antialérgicos são os remédios recomendados para o tratamento da hipersensibilidade ocular", informa Marília. Ela acrescenta que uma alergia não tratada corretamente pode provocar uma lesão na córnea. "Isso pode deixar como sequela uma cicatriz, o que leva o paciente à baixa da acuidade visual", finaliza a oftalmologista.
