A delicada influência da fé na saúde

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 04/04/2015 às 12:00
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Há médicos que acreditam que a fé pode fazer a diferença no controle de problemas de saúde (Foto: Free Images) Há médicos que acreditam que a fé pode fazer a diferença no controle de problemas de saúde (Foto: Free Images)

Após meses convivendo com uma enxaqueca cruel, uma jovem decidiu procurar uma neurologista especialista no assunto. Durante o tradicional interrogatório médico ao paciente, em que são procurados detalhes que possam auxiliar no diagnóstico e na indicação de um melhor tratamento, a neurologista pergunta: "Você é adepta de alguma religião?". A partir desse questionamento, a médica gostaria de saber como a paciente professa a fé.

Estranho? Depende do ponto de vista. Hoje em dia, mesmo que não consiga mensurar os benefícios biológicos da fé, uma leva de médicos percebe que os pacientes espiritualizados conseguem conviver melhor com um problema de saúde, ao contornar sintomas e driblar impactos que uma doença possa causar.

Vários pesquisadores em todo o mundo acreditam que práticas como oração e meditação têm efeitos sobre o nosso organismo. Um estudo publicado no The Journal of the American Medical Association (Jama) revelou que não são poucos os profissionais que veem um elo entre fé e saúde. Dos 2 mil médicos entrevistados, 56% acreditam que a religião e a espiritualidade têm uma influência significativa na saúde dos pacientes.

Entre as hipóteses que podem explicar o motivo pelo qual a fé influencia na saúde, está a possibilidade de que, ao desenvolvermos a espiritualidade, conseguimos alcançar um estado mental que induz ao equilíbrio neurofisiológico e dos hormônios, além de atuar de forma favorável na imunidade.

Outra corrente acredita que aqueles que têm fé encontram um sentido na vida, o que pode promover a longevidade com mais esperança e atitudes positivas. Hipóteses à parte, é importante considerarmos que, independentemente do tipo de crença, a fé é capaz de nos ajudar a ver o lado positivo das coisas e, dessa maneira, pode nos oferecer bem-estar e fazer a diferença diante do controle ou combate de alguma doença crônica.