Hospital Agamenon Magalhães é selecionado para projeto de incentivo ao parto normal

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 28/03/2015 às 9:00

Estratégia do Ministério da Saúde busca incentivar o parto normal e reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias (Foto: Divulgação) Estratégia do Ministério da Saúde busca incentivar o parto normal e reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias (Foto: Divulgação)

O Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, anunciaram na sexta-feira (27/3), que cinco instituições da região Nordeste foram selecionadas para participar de projeto de incentivo ao parto normal. Em Pernambuco, foi escolhido o Hospital Agamenon Magalhães, que fica no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife.

Ainda no Nordeste, foram escolhidos três hospitais do Ceará (dois do Sistema Único de Saúde e um privado) e um da Bahia (privado). Os estbelecimentos farão parte do projeto que reúne 23 hospitais privados e cinco maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS), escolhidas pelo Ministério da Saúde.

A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI), busca identificar modelos inovadores de atenção ao parto, capazes de promover a melhor qualidade do cuidado e a segurança da mulher e do bebê. O objetivo é incentivar o parto normal e reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar e no sistema público.

Entre as instituições privadas selecionadas, oito estão entre as 30 maiores em volume de partos do País e 11 entre as 100 maiores, o que demonstra o compromisso social com a melhoria da qualidade da atenção ao parto e nascimento. Esses hospitais possuem taxa de cesarianas de 88,7% - superior à identificada na saúde suplementar (84%) e na rede pública (40%). Já os estabelecimentos do SUS foram escolhidos por apresentarem percentual de cesarianas acima de 60% e por realizarem mais de mil partos por ano.

"Estamos lançando um projeto que valoriza a qualificação do parto normal e as entidades que aderiram a essa iniciativa voluntariamente aceitaram esse desafio de qualificar sua assistência obstétrica. Queremos melhorar a qualidade e as condições de atendimento para enfrentarmos o que temos hoje, que é uma verdadeira epidemia de parto cesariano no sistema privado. Fico feliz em ver que as instituições abraçaram a causa e se propuseram a mudar essa realidade", destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A estratégia de ação desenvolvida para os participantes do projeto envolve adequação de recursos humanos para a incorporação de equipe multiprofissional nos hospitais e maternidades, capacitação profissional para ampliar a segurança na realização do parto normal, engajamento do corpo clínico, da equipe e das próprias gestantes, além de revisão das práticas relacionadas ao atendimento das gestantes e bebês, desde o pré-natal até o pós-parto.