Dores crônicas e difusas da fibromialgia merecem atenção especial

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 04/02/2015 às 9:00
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De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres (Foto: Reprodução/Internet) De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres (Foto: Reprodução/Internet)

Síndrome clínica caracterizada por dor no corpo todo, principalmente na musculatura, a fibromialgia também se manifesta com fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia informa que, pelo menos, 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica apresentam a doença, cujos sintomas também são relatados por até 15% das pessoas que se consultam com um reumatologista. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.

Muita gente ainda subestima as queixas de quem tem fibromialgia, pois acredita infelizmente que a síndrome é consequência puramente de questões emocionais. A síndrome não tem ainda causas totalmente conhecidas.

"Infelizmente, os pacientes que convivem com essa condição não são levados a sério e, na maioria das vezes, os fatores emocionais são considerados determinantes dessa síndrome. Mas é bom alertar que a fibromialgia é comum nos consultórios”, diz a reumatologista Elaine Monteiro, da Santevie Clínica, no Recife.

Ela ressalta que o diagnóstico da síndrome é basicamente clínico. Um sinal de alerta é a dor por mais de três meses em todo o corpo. "Solicitamos exames para afastar outras doenças que possam apresentar um quadro parecido com a fibromialgia, a fim de indicar um correto tratamento”, afirma a reumatologista.

Embora sem cura, a fibromialgia tem tratamento e controle, assim como outras doenças crônicas. O importante é ter um acompanhamento com um reumatologista, que indica a terapêutica medicamentosa adequada. Geralmente, o paciente também precisa de apoio psicológico e psiquiátrico, além de sessões com fisioterapeutas e educadores físicos.

"A atividade física é um dos pontos mais importantes do tratamento. É importante, contudo, o paciente iniciar os exercícios de forma lenta e gradual, a fim de respeitar os limites do próprio corpo e da dor. O essencial é não desistir”, reforça Elaine.