Cardápio saudável ajuda a prevenir o câncer

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 31/07/2013 às 0:38

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não cansa de alertar: de 2000 a 2020, a prevalência de câncer nos países em desenvolvimento e desenvolvidos deve aumentar em 73% e 29%, respectivamente. Além das causas genéticas envolvidas no aparecimento de tumores, sabe-se que o sedentarismo, a obesidade e os hábitos alimentares inadequados podem aumentar o risco de se ter a doença.

No caso do câncer de mama, por exemplo, o estilo de vida pouco saudável pode elevar a chance em 40%, segundo pesquisas. Há ainda vários estudos que mostram que aproximadamente 35% dos diversos tipos de tumores se desenvolvem como consequência de dietas inadequadas.

Depois do cardápio maléfico, entre as mortes por câncer atribuídas a fatores ambientais, estão o tabagismo (30%) e outras causas, como condições e tipo de trabalho, álcool, poluição e aditivos alimentares, que contribuem com menos do que 5%.

Interessante é que uma alimentação sem exageros pode prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de tumores anualmente. Para a nutricionista Luciana Araújo, que atende na Oncoclínica, no Recife, devemos evitar alimentos processados como hambúrguer, mortadela, presunto, salsicha e charque - que, segundo ela, possuem nitrato (substância que pode aumentar o risco de incidência do câncer quando ingerida constantemente).

A nutricionista diz ainda que a carne do churrasco também deve ser evitada, pois a associação da fumaça com o aquecimento prolongado do cozimento aumenta a formação de componentes potencialmente cancerígenos. A especialista também chama atenção para a associação da bebida alcoólica com o fumo, o que pode exercer grande influência no aparecimento do câncer.

No caso de quem convive com a doença, recomenda-se uma alimentação bem equilibrada, capaz de ajudar a reduzir a quantidade de radicais livres, que atuam provocando envelhecimento e destruindo células. De acordo com Luciana, um cardápio rico em antioxidantes e em fibras ajuda muito no tratamento. Além disso, sugere-se a ingestão de vitamina C (laranja, acerola, abacaxi, limão), vitamina A (leite, ovo, couve e fígado bovino), selênio (gérmen de trigo e na castanha-do-pará) e vitamina E, presente em nozes e na gema do ovo.