Mais uma pesquisa comprova alta prevalência de sobrepeso em adultos de Pernambuco

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 16/01/2012 às 23:50

Um estudo pernambucano serve como mais uma prova de que os casos de obesidade estão cada vez mais comuns e, consequentemente, preocupantes.

A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife e do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), avaliou a magnitude do excesso de peso e os fatores associados na população adulta de Pernambuco.

O levantamento, publicado na edição de dezembro de 2011 dos Cadernos de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra uma prevalência de excedente de peso de 51,1%, sendo que o baixo peso foi constatado em menos de 3% da população. A análise foi feita com 1.580 adultos de ambos os sexos, de 25 a 59 anos.

SEXO FEMININO

Entre as mulheres, observou-se que, quanto menor o grau de escolaridade (até quatro anos de estudo), maior o índice de excesso de peso. Os dados também indicam aumento de sobrepeso conforme a progressão da idade no grupo feminino, principalmente após os 40 anos.

Os estudiosos atribuem a associação positiva entre idade e excesso de peso à taxa metabólica basal, que fisiologicamente acompanha o processo de envelhecimento, e à redução natural da prática de atividades físicas.

A idade da primeira gestação é outro fator também associado ao sobrepeso. Mulheres que tiveram filhos antes dos 18 anos apresentaram maior índice de excedente de peso em comparação com quem teve a primeira gestação com idade superior.

SEXO MASCULINO

Com relação aos homens, o estudo aponta maior prevalência de excesso de peso em indivíduos residentes de áreas urbanas, comparados aos que vivem em regiões rurais. Fatores alimentares e nível de atividade física explicam essa diferença, segundo os pesquisadores.

“Na área rural, pressupõe-se um maior gasto energético representado pelo tipo de trabalho desenvolvido e pelos deslocamentos percorridos, além de um menor acesso a alimentos industrializados, que comumente têm elevada densidade calórica”, esclarecem os pesquisadores. Ainda no grupo masculino, foi constatado que, quanto maior a renda familiar per capita, maior a razão de prevalência de sobrepeso.

Os homens, diferentemente das mulheres, apresentam maior prevalência de excesso de peso na medida em que aumenta o grau de escolaridade.