Pesquisa da Esalq/USP confirma eficácia da água sanitária no combate à dengue

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 09/10/2011 às 23:10

Estudo encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), com objetivo de avaliar o efeito do cloro sobre as larvas do mosquito da dengue, revelou que o uso de hipoclorito de sódio a 2,5% (derivado do cloro, conhecido popularmente como água sanitária) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito aedes aegypt, transmissor da dengue.

A pesquisa foi conduzida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Os resultados revelam que 10 ml de água sanitária em concentração de 2,5% (comumente encontrada no mercado), adicionados a cada litro de água tratada, são suficientes para matar a larva do mosquito em até 24 horas.

O estudo mostra ainda que a mesma solução, aplicada nos focos de criação do mosquito, como vasos de plantas, mantém-se ativa por 20 dias. Isso é possível devido ao alto poder residual do cloro que permanece ativo, mantendo a desinfecção da água durante esse período.

Além de verificar caixas d’água, garrafas, pneus e todo local que venha a se transformar num eventual depósito de água, o grupo de pesquisadores alerta para os cuidados que a população deve ter com plantas e flores. Bromélias, por exemplo, tendem a acumular água entre suas folhas, tornando-se potenciais focos para o mosquito depositar os seus ovos.

Os riscos podem ser eliminados, no entanto, ao ser utilizada a água sanitária diluída à água usada para regar as plantas. A proporção é a mesma: 10 ml para cada litro de água. Os pesquisadores garantem que a mistura não fará mal às plantas e evitará o desenvolvimento da dengue.