Doenças crônicas não transmissíveis: alimentação saudável e exercício para barrá-las

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/08/2011 às 1:48

O Ministério da Saúde lançou ontem (18/8) o Plano de ações para enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), construído em parceria com diferentes setores do governo e da sociedade civil.

O plano prevê um conjunto de medidas para reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura por enfermidades como câncer, diabete e doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“A colaboração de todos os setores sociais é essencial para o enfrentamento dessas doenças: indústria, escola e, principalmente, as famílias são primordiais. E estamos falando de hábitos de vida, o que inclui alimentação saudável e exercícios físicos”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A taxa de mortalidade prematura (até os 70 anos) por DCNTs é de 255 a cada grupo de 100 mil habitantes. Com a proposta, espera-se chegar a taxa de 196 por 100 mil habitantes em 2022. O plano, que reúne ações para os próximos 10 anos, é a resposta brasileira a uma preocupação mundial: estima-se que 63% das mortes no mundo, em 2008, tenham ocorrido por DCNTs - um terço delas em pessoas com menos de 60 anos de idade.

No Brasil, as DCNTs concentram 72% do total de óbitos, segundo dados de 2009 do Sistema de Informação de Mortalidade – percentual que representa mais de 742 mil mortes por ano. As que mais matam são as doenças cardiovasculares (31,3%), o câncer (16,2%), as doenças respiratórias crônicas (5,8%) e a diabete (5,2%).