Ministro da Saúde chama atenção para aumento dos acidentes de trânsito

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 20/06/2011 às 0:30

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o impacto dos acidentes de trânsito no atendimento da rede pública de saúde e a necessidade de reforçar ações de prevenção em todo o País. O aviso foi dado em palestra durante o 14º Congresso Nordestino de Neurocirurgia, que terminou sábado (18/6), em Teresina (PI).

Para Padilha, o País vive epidemia de acidentes de motocicletas, que resultam em mortes, lesões e aumento da demanda e custos no Sistema Único de Saúde (SUS). A principal causa de morte no Brasil hoje são as doenças cerebrovasculares (como o acidente vascular cerebral - AVC), seguidas das neoplasias e das causas externas, como acidentes de trânsito e violência.

"Houve uma explosão no número de atendimento por causa de acidentes no trânsito. Só em 2010, foram gastos mais de R$ 185 milhões com a internação de vítimas no SUS", disse o ministro. Os homens são as principais vítimas de acidentes. Eles respondem por 78,3% do total do número de internações.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, a cada ano, 1,3 milhão de pessoas morre devido aos acidentes de trânsito e cerca de 50 milhões sobrevivem com sequelas. No Brasil, segundo os registros mais recentes de óbitos, foram 38.273 mortes no trânsito em 2008, quase 10 mil a mais do que o registrado oito anos antes.

Para mudar esse cenário, os ministérios da Saúde e das Cidades firmaram, em maio deste ano, o Pacto Pela Vida - um compromisso para estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões no trânsito nos próximos 10 anos. O governo federal prepara um plano nacional de ações, que será lançado ainda neste ano.

Durante a palestra, Padilha ressaltou a necessidade de concentrar esforços não só em tratamento e em atendimento ao paciente, mas principalmente em prevenção e promoção da saúde.