Já deu parabéns aos seus médicos?

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 18/10/2010 às 0:15

Hoje (18/10), vários médicos recebem um recadinho do Casa Saudável em homenagem ao dia deles. É o mínimo que este nosso blog pode fazer para quem cuida da gente com tanta dedicação e carinho, concordam?!? Podemos resumir toda a proteção que recebemos desses profissionais na arte de fazer o bem. Admiro muito todos eles porque sei o quanto se empenham para deixar a nossa saúde em ordem.

Sei que felizmente, para muitos médicos, a atividade de cuidar do outro é gratificante. Por outro lado, exige sacrifícios. Não são poucos os especialistas que vivem em situação precária, reclamam das péssimas condições de saúde e abrem mão da vida social e familiar para dar conta do ofício.

Há mais de uma década, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alerta para esse quadro e até já mostrou (através de pesquisas) como o desgaste afeta os médicos brasileiros. Sabemos que, pelas condições adversas no exercício da profissão, problemas como fadiga, estresse, distúrbios psiquiátricos e dependência são cada vez mais comuns nessa classe que clama por atenção e respeito. É o médico como paciente. Sim, eles também adoecem e precisam se cuidar.

(Acesse www.medico.cfm.org.br/diamedico e conheça a campanha criada pelo Conselho Federal de Medicina e pelos Conselhos Regionais de Medicina para marcar as comemorações pelo Dia do Médico)

Imaginem que, para lidar com tudo isso sem desistir do ofício, o médico precisa gostar muito de gente e tem que se sentir inclinado a fazer o bem a todo instante. E mais: abraçar o bem não é só coordenar um tratamento capaz de diminuir dores ou de oferecer a cura de uma doença. A definição de bondade na medicina é superampla: é ver o paciente como um todo. É seguir com muita generosidade a humanização do tratamento médico, que tem se espalhado pelo mundo como o grande legado dessa profissão marcada por tanta devoção.

Eu, na condição de paciente, gosto de ir a médicos que têm o dom da conversa. Não gosto de blá-blá-blá. Prefiro aquela troca de ideias informal, mas com conteúdo. É bom entrar no consultório e conversar com nossos médicos sobre coisas amenas, sobre coisas que acontecem no nosso dia a dia e que podem impactar positiva ou negativamente o nosso estilo de vida.

Acredito que hoje a nossa sociedade tem dado muito valor a médicos que prezam o bom relacionamento com seus pacientes. São médicos que entendem como o nosso corpo reage a agressões físicas e como a nossa mente se comporta diante de agentes estressores. Acho que essa maneira de proceder, em relação aos pacientes, pode até ter mais valor do que os conhecimentos técnicos do profissional.

Sou uma pessoa feliz pelo fato de a minha profissão ter me colocado em contato com médicos brilhantes, cada um do seu jeito. Médicos que me presenteiam diariamente com ricos ensinamentos e que deixam transparecer doses de alegria por saber que, através das matérias publicadas com os seus depoimentos, são capazes de incentivar muitas pessoas a procurarem ajuda para ter uma doença sob controle.

Já que este texto também envereda pela primeira pessoa, não posso deixar de agradecer ao querido Dr. Fernando Almeida, à doce Dra. Izabel Christina Carneiro (Tininha), à cuidadosa Dra. Kátia Petribú, à gentil Dra. Monique Cherpak e ao sábio Dr. Guilherme Cherpak pela atenção que me oferecem a cada momento que preciso de cuidados. Ainda quero deixar aqui os meus parabéns a todos os médicos que abraçam a profissão com muito amor e ética.