De domingo (16) para esta segunda-feira (17), a zagueira Vitória Calhau se viu em destaque nas redes sociais.
A jogadora do Atlético-MG estava apenas sendo apresentada à torcida do clube quando foi vítima de assédio do mascote Galo Doido, no estádio Mineirão, durante o intervalo da partida entre o alvinegro e a Caldense.
Em entrevista aos canais ESPN, a zagueira afirmou ter se sentido um "objeto sexual".
"Quando aconteceu, não me senti ofendida, porque achei que ele virou para ver o meu número. Porque o número do galo é 13 e ontem eu estava com a camisa 13, contou a jogadora.
— Mariana Spinelli (@marianaspinelIi) February 17, 2020
"Até então não levei com segundas intensões. Depois chegaram vídeos e pessoas próximas a mim, familiares e amigos, falaram".
Calhau relatou ter visto o vídeo seguidas vezes. "Me senti um objeto sexual. Eu não estava ali por brincadeira. Eu estava ali para minha profissão, eu jogo futebol e no time feminino do Atlético. Ele vai e faz isso", emendou a jogadora.
Ela ainda acrescentou que não culpa o clube. "Me girar e olhar para as minhas partes foi errado. Culpo a pessoa dentro da fantasia. Não sei se foi brincadeira ou algo intencional dele", acrescentou.
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O Atlético-MG se posicionou logo na manhã desta segunda-feira (17). Em sua conta oficial no Twitter, o clube declarou apoio à atleta.
"Sobre o episódio ocorrido na tarde de ontem, envolvendo a atleta Vitória Calhau, o Atlético lamenta e repudia o comportamento do funcionário, que foi sumariamente afastado. Pedimos desculpas à atleta, às demais jogadoras e a todas as torcedoras e torcedores pelo lamentável ato", diz a nota.