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Augusto rebate Santa Cruz e revela detalhes da negociação sobre débitos

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 17/10/2019 às 14:57
O atacante Augusto rasgou o verbo após declarações do dirigente do Santa Cruz. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
O atacante Augusto rasgou o verbo após declarações do dirigente do Santa Cruz. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O atacante Augusto rebateu as declarações do coordenador do núcleo gestor do Santa Cruz, Roberto Freire, que à Rádio Jornal e publicado no Blog do Torcedor e Jornal do Commercio, nessa quarta-feira, revelou que chegou a pagar uma parcela de um acordo com o jogador. Segundo o atleta, em entrevista à reportagem, nesta quinta-feira, inicialmente, o clube ofereceu pagar 30% dos dois salários atrasados (proposta feita e acertada com a maioria do elenco, de acordo com o atacante). Em contraproposta, Augusto disse que aceitaria receber apenas o valor referente a um mês aberto e recebeu a resposta de que só seria possível efetuar esse pagamento de forma parcelada em três meses. Apesar de contrariado, o atacante disse que entendeu a situação do Tricolor do Arruda e chegou a um acordo. Porém, o jogador frisou que recebeu apenas um mês e não obteve resposta sobre as demais parcelas.

"Perdemos o jogo para o Náutico e dois dias depois sentei com Roberto (Freire). Foi uma terça, se eu não me engano. Colocaram na mesa um acordo para mim e todos os atletas que não existe. Acabamos a temporada com dois meses atrasados e ofereceram pagar apenas 30% do valor aberto. Todos os jogadores saíram chateados. Eu disse que não tinha como aceitar, pois trabalhei dois meses e não podia aceitar 30%. Ele disse que era o possível e passou as desculpas dele. Sobre os dois salários atrasados deste ano, ofereci receber apenas um e depois acertar o pra trás e minha rescisão. Ele aceitou, mas disse que seria pago em três vezes: uma entrada, dia 30 e dia 30. Falei que não existia receber desse jeito, mas se era o possível, tudo bem", afirmou Augusto ao Blog do Torcedor e JC.

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Após não conseguir entrar em contato com o núcleo gestor do Santa Cruz, o atacante explicou que o procurou o gerente de futebol, Helder Moura, para intermediar o pagamento. De acordo com o jogador, a resposta foi de que as outras duas parcelas refente ao acordo em relação aos dois meses de salários atrasados não seriam pagas. O que deixou Augusto revoltado, pois ele acredita que merece receber os salários dos meses em que vestiu a camisa coral.

"Chegou dia 30 não pagou. Liguei, mandei mensagem e não me respondeu. Visualizou as mensagens e nada (confira na imagem abaixo). Dia 1 e 2 fiz as mesmas coisas e nada também. Foi nesse momento que vi que ele (Roberto Freire) não iria pagar e cumprir com a palavra dele. Liguei para Helder (Moura, gerente de futebol), que é quem resolve essas coisas de pagamentos. Helder me respondeu e falou que iria entrar em contato com ele. Liguei para Helder de novo e ele me disse que Roberto (Freire) não iria pagar porque eu tinha débitos abertos com o clube. Como não iria pagar um acordo que acertou comigo sobre salários de meses que trabalhei? Não estou pedindo nada. Foi então que resolvi entrar na Justiça", disse. "Um salário meu e que ele acha que eu tenho que devolver, que tenho que trabalhar de graça", acrescentou.

DIÁLOGO ENTRE AUGUSTO E GESTOR

Sobre os anos de 2017 e 2018, o atacante Augusto não soube precisar o valor, mas garantiu que existem salários e encargos trabalhistas abertos. Ele contou que o coordenador do núcleo de gestão do Santa Cruz ofereceu a rescisão em troca dele abrir mão de todo o passado. Proposta que foi negada pelo jogador, que revelou ter recebido proposta para atuar no exterior durante a temporada passada e o clube coral não o liberou. No entanto, o atleta declarou que poderia abrir mão de metade e receber o restante em quantas parcelas fosse possível pagar.

"Ele, Roberto Freire, queria que eu abrisse mão de tudo que tinha para trás para receber minha rescisão. Falei que não iria abrir mão. Até porque tive uma proposta da Europa no ano passado e não quiseram me liberar. Fui prejudicado e por isso não abri mão. Disse que abriria mão apenas de metade e eles poderiam me pagar de qualquer forma o restante", ressaltou.

Augusto frisou que não entende como o Santa Cruz acabou a temporada com pagamentos do elenco em aberto, apesar do bom desempenho no começo do ano na Copa do Brasil. "A gente foi para o jogo do Náutico com dois meses de salários atrasados. O jogo aconteceu dia 24 e dia 30 vencia o segundo mês de atraso. Não existe o tanto de cota que a gente ganhou na Copa do Brasil e terem atrasado salários e premiações. Só no final da temporada eles dividiram e pagaram uma parcela das premiações. Não tem condições de ir para uma decisão desse jeito. Isso tendo recebido as cotas que a gente recebeu", comentou.

"A passagem pelo ABC na Copa do Brasil não foi paga. Assim como a passagem pelo CRB na Copa do Nordeste não foi paga. Na reta final, os capitães se juntaram e fizeram um acordo com eles de pagar parcelado. Eles pagaram a primeira antes do jogo contra o Náutico e não pagaram mais nada", destacou.

Apesar de já ter publicado, nessa quarta-feira, o posicionamento do coordenador do núcleo gestor do Santa Cruz, Roberto Freire, a reportagem do Blog do Torcedor e Jornal do Commercio procurou novamente nesta quinta-feira o dirigente para gerar o direito de resposta dele. No entanto, ele preferiu não responder o que foi falado pelo atleta e disse que o caso será resolvido na Justiça.

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