Em campo, o técnico Milton Mendes ficou revoltado com a não marcação de um possível pênalti em Misael, no segundo tempo do empate entre Santa Cruz e Botafogo-PB. Depois da partida deste domingo (14), terminada em 1x1 pela 12ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, o treinador amenizou o tom e destacou que esse não foi o motivo do empate dentro do estádio do Arruda.
"Aquilo em Misael é pênalti, tocado por trás. O outro pênalti fica a duvida. Na hora achei que tinha sido mão. Mas é difícil também para os árbitros quando não tem a possibilidade de rever o lance, de falar com o seu assistente. Já disse e acho que árbitros dessa divisão precisam ser mais ajudados e porque não a divisão em si ser ajudada", disse Milton.
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Esse auxilio aos árbitros citado pelo técnico era, ao menos, um intercomunicador entre o trio. "Por isso empatamos? Não. Mas é uma possibilidade de abertura de conversação para outros seguimentos. A Série C precisa ser melhor vista. Não pode ser uma série em que o árbitro é castigado por errar acima. Tem que trabalhar com rigor, critério, exigências. Como nós também", emendou.
Quanto ao seu time, o comandante coral fez elogios e parabenizou os jogadores. Mas, pela situação do gramado após as fortes chuvas do domingo (14) no Recife, o futebol apresentado foi diferente do programado. Com o campo molhado, foi difícil tentar jogadas mais elaboradas, mesmo com o Santa Cruz colocando mais a bola no chão. Também destacando o bom desempenho do Botafogo-PB no segundo tempo.
"Nós não deixamos de tentar, lutamos muito. Acredito que em outras condições do gramado, nós teríamos vencido o jogo. Seria muito injusto por tudo o que fizemos no jogo. No primeiro tempo, eles não tiverem uma oportunidade sequer. A não ser bolas longas. No segundo tempo, uma triangulação pelo lado esquerdo deles e o gol. Não vi mais nada", comentou.
Sem vencer há três jogos, sendo os dois últimos dentro de casa, Milton Mendes afirmou ainda que seus adversários chegaram no Arruda para defender. "Como diz em Portugal, colocaram o autocarro. O ônibus na frente do gol para não deixar ninguém entrar", ponderou.
Agora, o técnico tricolor destaca que é preciso lidar com isso. "Parabenizo meus jogadores. Vocês (imprensa) poderão ter a opinião de vocês e o torcedor também. Vimos o descontentamento que é natural. Mas volto a dizer que não é como começa, é como acaba. Jogar em casa muitas vezes nas condições do campo de hoje é pior do que jogar fora", concluiu.