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Um amor de mãe e filha do tamanho do Arruda

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 10/05/2019 às 20:01
Rayane (E) convenceu Val (D) a frequentar o Arruda. Foto: Acervo pessoal
Rayane (E) convenceu Val (D) a frequentar o Arruda. Foto: Acervo pessoal

Que mãe apaixonada por futebol nunca tentou passar para os filhos a paixão pelo time de coração? No geral, é assim. As crias tendem a assumir as cores vestidas pelos pais. As idas ao estádio também são herdadas. Dificilmente, o contrário acontece. Mas difícil não quer dizer impossível e essa é a história de Rayane e Val Bezerra, filha e mãe. Apaixonada pelo Santa Cruz, a assistente de desenvolvimento especial convenceu a mãe que a arquibancada do Arruda é o lugar delas.

Val, 43 anos, torcia para o Sport, por influência dos irmãos, na infância e juventude. Filha de um alvirrubro e uma tricolor, a gerente não costumava frequentar o estádio. Casou-se com um torcedor do Santa Cruz e, mesmo assim, aproveitava da rivalidade para fazer brincadeiras e pegar no pé do esposo.

O marido, por sua vez, tentava convencê-la de que quando ela fosse ao Arruda, se apaixonaria. "Eu mangava, debochava, porque dizia que isso não existe. Nasceu nossa primeira filha, Rayane, e continuou a mesma coisa. Ela já nasceu tricolor, por causa do pai. Começaram a ir para o estádio e um dia me convenceram a ir para o campo", disse Val.

A filha, 23 anos, convidava a mãe para frequentar os jogos e, preocupada em deixar apenas os dois irem ao Arruda, Val aceitou. Seria mais uma pessoa para tomar conta de Rayane. Mas nada disso de trocar de time. Seria apenas o passeio em família. Em meio a tantos torcedores, a família se viu na multidão. Depois de entrar no estádio, a mãe se acalmou.

Integrante do Movimento Coralinas, que luta pela inclusão da mulher na arquibancada, Rayane fala com orgulho sobre Val no estádio. "Ela herdou o time da família, mas não tinha tesão por futebol. Ela não era muito fã de futebol. Quando eu menos esperei, ela estava comprando camisa do Santa. Quando ela ia, tinha mudado uma coisa nela. Foi muito legal. Acho massa quando ela vai comigo", relembra Rayane.

Agora, nada mais separa Val e Rayane do estádio do Arruda. O Tricolor não é só o querido do povo, mas, principalmente, para as duas, o querida que une mãe e filha. "Realmente é diferente. O Santa Cruz é uma torcida movida pelo amor. Hoje somos nós que chamamos meu marido para ir", concluiu Val.

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